Folha de S. Paulo


Policial é condenado a 19 anos de prisão pela morte da juíza

O policial militar Carlos Adílio Maciel Santos foi condenado a 19 anos e seis meses de prisão por envolvimento no assassinato da juíza Patrícia Acioli, então com 47 anos, em agosto de 2011, no Rio.

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A decisão foi tomada, na noite desta terça-feira (16), pelos jurados do 3º Tribunal do Júri de Niterói, na região metropolitana. Santos foi condenado a 15 anos por homicídio doloso (quando há intenção de matar) e quatro anos e seis meses por formação de quadrilha.

Ele é o quinto condenado de 11 acusados pelo assassinato da juíza. Seis pessoas ainda serão julgadas. Todos os envolvido eram da Polícia Militar do Rio quando o crime aconteceu.

Santos estava preso quando o assassinato ocorreu, em agosto de 2011. Ele responde na Auditoria de Justiça Militar pelo desvio de munições do 7º Batalhão da Polícia Militar, em São Gonçalo, região metropolitana.

Efe
A magistrada Patrícia Acioli foi morta com 21 tiros quando chegava em casa após o trabalho; crime foi planejado depois que a juíza iniciou investigações sobre a corrupção no Batalhão de São Gonçalo
A magistrada Patrícia Acioli foi morta com 21 tiros quando chegava em casa, em Niterói

Em janeiro deste ano, a Justiça do Rio condenou três policiais por participação no crime, também por homicídio triplamente qualificado e formação de quadrilha. Eles receberam penas distintas, todas em regime de reclusão inicialmente fechado. O cabo Jefferson de Araújo Miranda foi condenado a maior pena, 26 anos de prisão. O cabo Jovanis Falcão foi condenado a 25 anos e seis meses, e o soldado Junior Cezar de Medeiros, a 22 anos e seis meses.

Em dezembro de 2011, ocorreu o julgamento do primeiro réu, o cabo da PM Sérgio Costa Junior, um dos executores do crime. Costa Junior decidiu colaborar com as investigações, e obteve o beneficio da delação premiada. Ele teve a pena reduzida em 15 anos, e foi condenado a 21 anos de prisão em regime fechado.

Carlos Adílio, os quatro já condenados e os seis policiais suspeitos de participação aguardam decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) sobre recurso em relação ao julgamento. Entre os apontados como mentores do crime estão: o ex-comandante do Batalhão de Polícia Militar de São Gonçalo, o tenente-coronel Cláudio Luiz Silva, e o tenente Daniel Santos Benitez Lopes - que ainda serão julgados - sem data prevista.

Patrícia Acioli era responsável pelo Tribunal do Júri de São Gonçalo. Ela foi assassinada com 21 tiros na porta de casa em um condomínio em Piratininga, na região oceânica de Niterói, quando voltava do fórum. A juíza tinha 47 anos de idade e era conhecida por atuar no combate a crimes cometidos por milicianos e policiais.


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