Palco de competições da Olimpíada de 2016, a lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul do Rio, registrou uma nova mortandade de peixes nesta quarta-feira (13).
Vinte toneladas de peixes mortos já foram retirados do local por equipes da empresa pública de limpeza do município, mas o número pode dobrar nas próximas horas.
A mortandade foi registrada após a qualidade da água registrar seu nível crítico entre às 12h da segunda-feira (11) e às 11h59 de terça-feira (12). As medições são feitas diariamente pela Secretaria de Meio Ambiente do Rio.
Na noite de domingo (10), uma forte chuva atingiu a cidade e carregou para a lagoa grande quantidade de carga orgânica (lixo, esgoto e folhas), o que pode ter provocado a redução do oxigênio da água e a mortandade.
| Erbs Jr./Frame/Folhapress | ||
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| Funcionários da prefeitura retiram peixes encontrados mortos na lagoa Rodrigo de Freitas; cerca de 20 toneladas foram removidas |
O ambientalista Mário Moscatelli afirmou que alertou a organização das Olimpíadas sobre a qualidade da água da lagoa. Ele disse ainda que vai encaminhar uma representação ao Ministério Público do Rio para que a contaminação possa ser investigada.
Segundo ele, a secretaria falhou ao não retirar os peixes da lagoa quando eles ainda estavam vivos. "Agora eles são apenas lixo, quando poderiam ter sido aproveitados por pescadores", disse.
O grupo EBX, do empresário Eike Batista, mantém na çagoa Rodrigo de Freitas um programa de despoluição em parceria com entidades estadual e municipal.
A Secretaria de Meio Ambiente do Rio afirmou que a oxigenação da água, por meio de abertura de comportas para entrada da água do mar, só foi possível por duas horas (das 3h às 5h do dia 13) por causa da maré baixa. A secretaria afirmou ainda que planeja uma ação de pesca na lagoa para reduzir a quantidade de peixes e novas mortandades.