O GGB (Grupo Gay da Bahia) elegeu como inimigos dos gays o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), e o ex-governador do Estado José Serra (PSDB).
A dupla ganhou o "Troféu Pau de Sebo", divulgado nesta segunda-feira e concedido há 23 anos a personalidades cujas ações são consideradas contrárias à causa pela entidade, a mais ativa do país.
O motivo: ambos condenaram o chamado kit anti-homofobia produzido pelo Ministério da Educação durante a campanha eleitoral do ano passado. Pela mesma razão, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante (PT), figura ao lado deles na premiação.
O material era composto de vídeos e cartilhas sobre a questão da homossexualidade e teve sua distribuição proibida, em 2011, pela presidente Dilma Rousseff, após pressão de parlamentares evangélicos. Como resultado, Dilma foi a vencedora do "Pau de Sebo" anterior.
Entre outros, também foram criticados o STM (Superior Tribunal Militar), pela condenação do sargento Laci Araújo, "vítima de perseguição homofóbica no Exército", e o vereador Carlos Bolsonaro (PP-RJ), que apresentou projeto de lei municipal proibindo a distribuição de material didático com informações sobre homossexualidade.
Na contramão do grupo, conquistaram o "Oscar gay" --ou Troféu Triângulo Rosa-- nomes como o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), pela criação de um centro de referência para atendimento a homossexuais, além da apresentadora Marília Gabriela e dos cantores Roberto Carlos, Daniela Mercury e Sandy, por declarações e posicionamentos favoráveis aos direitos dos gays.
A Secretaria de Comunicação da Prefeitura de São Paulo informou que Haddad não havia sido procurado nem notificado sobre o assunto e, por isso, ele não poderia comentá-lo. A reportagem entrou em contato com o PSDB para pedir um posicionamento de Serra e aguarda resposta. (NELSON BARROS NETO)
| Editoria de arte/Folhapress | ||
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