Folha de S. Paulo


Defesa de Bruno contesta prova e tenta eliminar agravante de acusação

O advogado Lúcio Adolfo da Silva, que defende o goleiro Bruno Fernandes de Souza, aproveitou a primeira parte dos debates entre defesa e acusação para contestar provas e laudos apresentados pela acusação e tentar eliminar as qualificadoras do crime de homicídio, que podem elevar a pena do goleiro em caso de condenação.

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O advogado dividiu as duas horas e meia que teve no debate com o advogado Tiago Lenoir e Francisco Simin, que compõem a defesa da ex-mulher de Bruno, Dayanne Souza, também ré do processo. A acusação já tinha falado. Após um recesso, as duas partes retornaram para a réplica e possível tréplica.

Logo no início do seu pronunciamento, o advogado Lúcio Adolfo explicou aos jurados como serão os quesitos que poderão ser estar no questionário final, que eles deverão responder para determinar o veredito. O questionário final, porém, ainda será definido pela juíza, junto com a defesa e acusação.

Enquanto explicava cada um dos possíveis quesitos, o advogado aproveitou para contestar as três qualificadoras do crime de homicídio da ex-amante de Bruno, Eliza Samudio. São elas: meio cruel, sem chance de defesa e motivo torpe.

Quanto ao meio cruel, Lúcio Adolfo afirmou que a inexistência de um corpo para ser examinado impossibilita saber a exata causa da morte de Eliza, que é apontada como asfixia no laudo da morte. Ele destaca ainda que o laudo se baseia apenas no depoimento do primo do jogador Jorge Luiz Rosa.

A defesa tentou convencer os jurados ainda que a acusação não embasa no processo o agravante que afirma que Eliza não teve chance de defesa e acrescentou que o crime não se tratou de motivo torpe, uma vez que já havia um acordo firmado entre o jogador e Eliza para que fosse feito o exame de DNA para confirmar a paternidade do filho dela.

ACUSAÇÃO

A Promotoria falou antes e tentou convencer os jurados de quem Bruno estava no controle da trama, já que Macarrão retornou para o Rio de Janeiro no dia 7 de junho --três dias antes do crime--, deixando o goleiro sozinho. Ele retornou para o sítio no dia 8.

O promotor Henry Vasconcelos pediu, no entanto, que os jurados absolvam Dayanne. De acordo com ele, a ex-mulher de Bruno se encontrava numa situação insuportável, sob constrangimento e ameaça do ex-policial José Lauriano, o Zezé --que é alvo de uma investigação complementar realizada pela Polícia Civil a pedido do Ministério Público.

Enquanto Bruno é acusado de envolvimento no desaparecimento e morte de Eliza, Dayanne é acusada pelo sequestro e cárcere privado do filho da ex-modelo com o jogador.

Editoria de Arte/Folhapress
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