O advogado do goleiro Bruno Fernandes Souza, Lúcio Adolfo da Silva, afirmou após o término desse terceiro dia de julgamento que seu cliente pode ter mentido durante o interrogatório dessa quarta-feira. Segundo ele, o jogador não tinha o comprometimento legal de falar a verdade.
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"Eu acredito que sim, é possível [que ele possa ter mentido]. Por que não? Eu vejo mentira de jornalista, de advogado, de médico. Pode não ser algo bonito, pode ser algo criticável, mas é perfeitamente crível que aquele que não tem o compromisso legal de dizer a verdade tenha omitido alguma coisa em sua defesa", afirmou.
Na saída do Fórum de Contagem (MG), Silva afirmou que não confirma nenhuma mentida de Bruno, mas que é possível que ela tenha ocorrido. O jogador respondeu as perguntas da defesa, da juíza Marixa Rodrigues e dos jurados, e se contradisse em alguns momentos. Ele, porém, não responder os questionamentos da Promotoria.
Pela primeira vez desde o desaparecimento de Eliza, em junho de 2010, Bruno admitiu hoje que ela está morta, mas negou que tenha participado ou ordenado o crime. Ele acusou o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, pelo crime e seu ex-assessor Luiz Henrique Romão, o Macarrão, de ter ajudado.
O julgamento de Bruno será retomado na manhã de quinta-feira, com os debates entre defesa e acusação.