Folha de S. Paulo


Bruno nega ter apontado arma para Eliza e a forçado a tomar abortivo

O goleiro Bruno Fernandes Souza negou na noite desta quarta-feira que tenha apontado uma arma para sua ex-amante Eliza Samudio durante uma briga quando estava grávida dele. A acusação estava em um vídeo gravado por Eliza que foi apresentado em plenário neste terceiro dia de julgamento em Cotagem (MG).

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Na gravação, a ex-modelo relatou ameaças que teriam sido feitas por Bruno e afirmou que ele tentou fazê-la a tomar um líquido abortivo durante a gravidez. O jogador também foi questionado sobre o suposto abortivo, mas negou que tenha usado. Eliza chegou a denunciá-lo à polícia na época.

O atleta contou, em depoimento, que a ex-modelo já deu um tapa nele durante uma briga dentro de seu carro, e que ele revidou. Mas negou que tenha feito outras agressões a Eliza.

Pela primeira vez desde o desaparecimento da ex-modelo, em junho de 2010, Bruno admitiu hoje que ela está morta, mas afirmou que só soube depois do crime, quando Macarrão e Jorge retornaram ao sítio do jogador sem Eliza e com o filho dela no colo.

Na ocasião, Jorge teria dito que Macarrão ajudou a matar Eliza, segundo Bruno. O jogador confirmou ainda que o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, é a mesma pessoa a que Macarrão e Jorge se referiam como Nenêm, e que ele é o assassino de Eliza.

Bruno também admitiu nesta quarta-feira que se beneficiou com a morte da ex-modelo. Ele destacou ainda, durante o depoimento, que poderia ter evitado o crime, apesar de não ter sido o mandante. Segundo ele, havia brigas constantes entre os dois e ela sempre exigia dinheiro após ter engravidado dele.

"Eu deveria ter denunciado. Ter dado o dinheiro pra ela. As coisas acontecendo na minha frente e eu simplesmente deixando acontecer. Por isso me sinto de certa forma culpado, afirmou o jogador.

Editoria de Arte/Folhapress
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