Folha de S. Paulo


Promotor diz que Bruno acompanhou entrega de Eliza a assassino

O promotor Henry Vasconcelos afirmou ao término do segundo dia de julgamento de Bruno Fernandes de Souza e de sua ex-mulher, Dayanne Souza, que o atleta acompanhou a entrega de sua ex-amante, Eliza Samudio, ao ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que a teria matado.

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O promotor disse que vai apresentar nos debates entre defesa e acusação, previstos para quinta-feira (7), três elementos que provariam que Bruno estava com Luiz Henrique Romão, o Macarrão, na suposta "entrega", que teria ocorrido na região da Pampulha, em Minas.

Um dos pontos usados pelo promotor será o depoimento do primo do jogador, Sérgio de Rosa Sales, o Camelo, que teria atuado como carcereiro de Eliza e dos preparativos finais para levá-la à morte, conforme aponta as investigações.

O promotor defende ainda que Bruno fez uma ligação ao telefone de Dayanne na suposta noite do crime usando o telefone de Jorge Luiz Rosa. A ligação durou 51 segundos. O conteúdo da conversa é desconhecido, mas ele teria ocorrido após a entrega de Eliza.

Além disso, o promotor aponta como prova de que Bruno estava com Macarrão ao entregar Eliza o controle de entrada no condomínio onde fica o sítio, que aponta que o jogador chegou em um New Beetle amarelo apenas cinco minutos antes de Macarrão e Jorge chegarem em uma EcoSporte verde.

DEPOIMENTO

Sobre o depoimento de Dayanne, o promotor afirmou que ela assumiu os crimes pelos quais está sendo acusada, que são o sequestro e o cárcere privado do filho de Eliza. Segundo o promotor, ela sabia do risco que Eliza corrida e sabia que o bebê estava sendo procurado.

Ele disse ainda que todos os pontos do depoimento de Dayanne prejudicam Bruno. Entre os pontos lembrados pela ex do jogador está o fato dele tentar esconder a presença de Eliza no sítio dele, ter pedido para ela negar a existência do filho de Eliza e o cheiro de queimado sentido na suposta noite da morte de Eliza.

"Tudo aconteceu por causa do Bruno, em função do Bruno e por determinação dele", concluiu o promotor.

Editoria de Arte/Folhapress
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