Folha de S. Paulo


Macarrão e Bruno pediram para negar existência de bebê, diz Dayanne

A ex-mulher do goleiro Bruno Fernandes de Souza, Dayanne Souza, afirmou em depoimento na noite desta terça-feira que o jogador e o amigo dele Luiz Henrique Romão, o Macarrão, pediram para ela negar à polícia a existência do filho de Eliza Samudio após o desaparecimento dela e do bebê.

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Segundo o depoimento de Dayanne, Macarrão ligou para ela no fim do mês de junho de 2010 e pediu que ela negasse à polícia a existência do bebê que tinha quatro meses na época. Ele disse ainda que um homem, identificado apenas como Zezé, iria ligar para ela informando para qual delegacia ela deveria se direcionar.

A criança foi localizada pela polícia no dia 26 de junho, com Dayanne. Ela foi detida na ocasião, mas foi liberada, em seguida, por não ter antecedentes criminais. Ela está sendo julgada desde ontem (4) pelo sequestro e por manter o bebê em cárcere privado.

O jogador também é réu no júri pelo envolvimento no desaparecimento e morte de Eliza. O depoimento de Dayanne complica a situação de Bruno. Além de esconder a criança, ela contou que o atleta também tentou esconder a presença de Eliza no sítio dele e que ele relatou ter sido ameaçado por um colega de Eliza.

Bruno não acompanha o depoimento no plenário do Fórum de Contagem. Com a dispensa do jogador pela juíza Marixa Rodrigues, ele foi levado de volta para a Penitenciária Nelson Hungria, onde está preso. Ele deverá voltar ao plenário apenas amanhã, quando será ouvido diante da juíza e dos jurados.

DEPOIMENTO

O depoimento de Dayanne começou por volta das 18h30 e ainda estava em andamento por volta das 21h. Segundo a Promotoria, a expectativa é que ele dure cerca de quatro horas.

O promotor disse na tarde de hoje que espera que Dayanne seja utilizada como "bucha de canhão" pelos advogados do ex-goleiro Bruno Fernandes de Souza. "O interrogatório dela é a construção de defesa de Bruno", afirmou ele logo após o depoimento de Célia Aparecida Rosa Sales.

Segundo a defesa e a Promotoria, o primeiro depoimento deveria ser de Bruno, pela ordem da denúncia, mas houve um acordo para deixar depoimento do goleiro para quarta-feira, que deve ser o último dia de julgamento.

Editoria de Arte/Folhapress
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