Nos primeiros minutos de depoimento, Dayanne Souza apresentou uma versão que compromete a situação de seu ex-marido Bruno Fernandes Souza. Ele é acusado de envolvimento no desaparecimento e morte de sua ex-amante Eliza Samudio, em 2010.
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Em seu depoimento, Dayanne --acusada pelo sequestro e cárcere privado do filho de Eliza com o jogador-- disse que Bruno falou de uma suposta ameaça recebida do "pessoal de Eliza" para afastá-la do sítio após o dia 4 de junho de 2010. Ele teria dito que era uma questão de segurança, dela e das filhas.
Ela então foi embora, mas desconfiou de algo errado quando escutou uma música ao ligar para um assessor de Bruno que estava no sítio. Não fazia sentido haver música alta em meio a uma situação de ameaças.
No dia seguinte --9 de junho--, Dayanne disse ter ido ao sítio e viu Macarrão e outros amigos correrem para dentro da casa. Bruno foi recebê-la do lado fora da casa e tentou impedir sua entrada, mas concordou após ela insistir muito. Lá dentro, ela foi levada a um quarto e viu Eliza com amigos de Bruno.
Quando perguntou o que estava acontecendo, Bruno disse que estavam resolvendo problemas. Ela também perguntou para Eliza, mas Bruno não a deixava responder direito.
Os relatos de Dayanne só não complicam de vez a situação de Bruno porque, segundo ela, Eliza se mostrava "tranquila" no sítio.
DEPOIMENTO
O depoimento de Dayanne começou por volta das 18h30 e ainda estava em andamento por volta das 20h10. Bruno também é réu do processo pelo suposto envolvimento no desaparecimento e morte de Eliza, mas não acompanha o depoimento de Dayanne.
Com a dispensa do jogador pela juíza Marixa Rodrigues, ele foi levado de volta para a Penitenciária Nelson Hungria, onde está preso, no início da noite de hoje. Ele deverá voltar ao plenário apenas amanhã, terceiro dia de julgamento, quando será ouvido diante da juíza e dos jurados.
O promotor disse na tarde de hoje que espera que Dayanne seja utilizada como "bucha de canhão" pelos advogados do ex-goleiro Bruno Fernandes de Souza. "O interrogatório dela é a construção de defesa de Bruno", afirmou ele logo após o depoimento de Célia Aparecida Rosa Sales.
Segundo a defesa e a Promotoria, o primeiro depoimento deveria ser de Bruno, pela ordem da denúncia, mas houve um acordo para deixar depoimento do goleiro para quarta-feira, que deve ser o último dia de julgamento.
| Editoria de Arte/Folhapress | ||
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