Folha de S. Paulo


Júri popular de goleiro Bruno limita acesso ao fórum e plenário

A Justiça de Minas Gerais restringiu a partir de hoje o acesso da população ao fórum de Contagem (na região metropolitana de Belo Horizonte), onde o goleiro Bruno Fernandes de Souza e sua ex-mulher, Dayanne Souza, serão julgados pelo desaparecimento e morte de Eliza Samudio.

Acompanhe a cobertura completa do julgamento
Veja o julgamento em tempo real
Conheça o local onde acontece o júri popular do goleiro Bruno
Mortes e atentados marcaram investigações sobre o caso Eliza
Começa hoje o julgamento do goleiro Bruno em Contagem (MG)
Julgamento de Bruno começa com crime ainda em apuração

O motivo, segundo o diretor do local, o juiz Wagner de Oliveira Cavalieri, seria o possível aumento de curiosos por conta da repercussão do julgamento do goleiro. A falta de estrutura do local também seria um dos pontos, segundo apuração da reportagem.

O próprio plenário que abrigará o júri funciona numa espécie de porão do prédio, sem ventilação nem iluminação adequadas.

Profissionais e partes de processos que lá tramitam só terão acesso ao interior do fórum pela entrada principal e após apresentar a documentação para identificação.

O júri popular de Bruno, por sua vez, será ainda mais restrito, sem a presença do público em geral. O plenário tem capacidade para 120 pessoas e já está inteiramente reservado para setores cadastrados. A galeria do fórum, onde ficam os espectadores, tem capacidade para 120 pessoas e já está inteiramente reservada para setores cadastrados.

Editoria de Arte/Folhapress
Clique para ler Clique para ler

Dos assentos reservados, apenas oito são destinados para a família dos réus e de Eliza. Até o fechamento dessa reportagem o TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) informou não ter a lista dos familiares que confirmaram a presença no júri.

Veja a distribuição dos lugares na galeria do plenário:

- 43 vagas para a imprensa;
- 20 vagas para estudantes de direito;
- 5 vagas para juízes;
- 5 vagas para integrantes de Ministério Público;
- 5 vagas para representantes da Defensoria Pública;
- 2 vagas para servidores do Tribunal de Justiça de Minas;
- 8 vagas para familiares dos réus e da vítima;
- 14 vagas para advogados em geral;
- 6 vagas para os advogados dos réus que não são julgados nessa fase;
- 12 vagas para autoridades.

A previsão é que o julgamento dure três dias, mas o TJ-MG não descarta a possibilidade de se estender para cinco.

A formação do conselho de sentença é a primeira etapa do júri. Foram sorteadas 25 pessoas de uma lista cadastrada no fórum --17 são mulheres.

Eles devem comparecer ao fórum nesta segunda, quando serão sorteadas os sete que irão integrar o corpo de jurados. Para garantir a composição do conselho, foram convocados também 50 suplentes, que podem participar do sorteio caso algum dos 25 não compareça.

No Tribunal do Júri, o juiz coordena o julgamento e estabelece as penas de acordo com a decisão do conselho de sentença. Caso os réus sejam considerados inocentes, ele os absolve e determina o alvará de soltura. (MARINA GAMA, ROGÉRIO PAGNAN e PAULO PEIXOTO)


Endereço da página:

Links no texto: