Folha de S. Paulo


Mortes e atentados marcaram investigações sobre o caso Eliza

Desde que o desaparecimento e assassinato de Eliza Samudio começaram a ser investigados pela polícia mineira, em junho de 2010, mortes e atentados contra envolvidos no caso acirraram ainda mais a busca por culpados.

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A morte do primo do jogador Sérgio de Rosa Sales, o Camelo, foi o caso mais emblemático. Acusado no processo, ele era uma das testemunhas mais importantes do caso.

Luiz Costa-26.out.10/
Sérgio Rosa Sales, o Camelo, primo do goleiro Bruno
Sérgio Rosa Sales, o Camelo, primo do goleiro Bruno

Sérgio chegou a declarar à polícia que Bruno esteve na casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, onde Eliza teria sido morta, mas depois voltou atrás e afirmou que fora ameaçado e torturado para falar.

Depois de ficar preso por um ano e um mês, ele ganhou a liberdade provisória em 2011, mas foi assassinado um ano depois.

Em agosto passado, dois homens em uma moto se aproximaram e dispararam em sua direção. Ele correu em direção a um barracão na rua, em busca de proteção, mas o atirador foi atrás e disparou outras vezes, uma delas na cabeça.

Durante as investigações a polícia descartou relação com a morte de Eliza e disse se tratar de crime passional. Sérgio assediou uma mulher, e seu amante o matou. O casal foi preso.

No mesmo mês que Sérgio foi morto, Cleiton Gonçalves, ex-motorista do goleiro, sofreu duas tentativas de homicídio em menos de 24 horas.

No primeiro, ele estava num bar e foi atingido de raspão. No dia seguinte, quando saia com a noiva, dois disparos atingiram o carro do casal. Eles não foram atingidos.

A polícia disse que os atentados não tinham relação com o caso Eliza, e sim com o assassinato de um traficante da região.

Cleiton ficou preso durante o inquérito policial do caso Eliza porque dirigiu o carro do goleiro que trouxe Eliza do Rio para a região metropolitana de Belo Horizonte. Mas, por falta de provas do envolvimento, não foi indiciado.

Graziele Beatriz Leal de Souza foi morta a tiros em janeiro de 2011. De acordo com a polícia, ela estava na casa Geisla Leal, que cuidou do filho de Eliza após seu desaparecimento.

A polícia afirmou na época que a Graziele foi morta por engano. A vítima deveria ser a irmã dela, Geisla, que devia aos criminosos R$ 600.

Ainda assim, Bruno foi chamado para prestar depoimento, uma vez que os criminosos citaram seu nome. A polícia descartou envolvimento de Bruno no caso.

Em abril de 2011, o preso Jailson Alves de Oliveira, que dividiu cela com Bola no presídio Nelson Hungria, disse à Justiça que Bola entrou em contato com traficantes cariocas e encomendou a morte do delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Investigações da Polícia Civil de Minas, e da juíza Marixa Rodrigues.

Ele também afirmou que Bruno participaria da trama. Bola, Macarrão e o jogador negam a acusação.

Editoria de Arte/Folhapress
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