Folha de S. Paulo


Polícia investiga envolvimento de dois ex-policiais na morte de Eliza

Dois ex-policiais civis estão sendo investigados em um novo inquérito sobre a morte de Eliza Samudio, a ex-amante do goleiro Bruno Fernandes de Souza, que vai a julgamento na semana que vem sob acusação de ser o mandante do crime.

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A nova investigação em curso foi pedida pelo promotor do caso, Henry Wagner Vasconcelos, à Corregedoria da Polícia Civil.

A investigação, que é realizada pela chefia da Delegacia de Homicídios, corre em sigilo. São investigados o ex-policiais José Lauriano de Assis Filho, o Zezé, e Gilson Costa.

O delegado Wagner Pinto apenas confirmou nesta quarta-feira (27) que a investigação está em curso a pedido da corregedoria, mas não deu nenhuma informação sobre o caso. Ele lamentou o vazamento --a TV Record e o jornal "Hoje em Dia" informaram a existência da investigação.

A participação de Zezé na morte de Eliza é um dos buracos que existe na investigação do caso Bruno, conforme mostrou reportagem da Folha em novembro, às vésperas do início do julgamento dos envolvidos no caso.

Foram desprezados 37 telefonemas trocados entre Zezé e Luiz Henrique Romão, o Macarrão, ex- secretário de Bruno, e Dayanne Souza, ex-mulher mulher do goleiro, e o também ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola.

Na noite de 10 de junho, entre 22h e 23h, horário que Eliza pode ter sido morta, Zezé trocou três ligações com Bola. Eles também se encontraram.

Apenas Bola foi denunciado como o executor de Eliza. Ele vai a julgamento em maio.

A defesa do goleiro Bruno confirmou que, para essa investigação, foi pedida a quebra dos sigilos bancários de Bruno e de Macarrão.

O promotor pediu a investigação depois que uma testemunha, o preso Jaílson de Oliveira, ouvida no julgamento de Macarrão (condenado a 15 anos de prisão pelo crime), disse que Zezé ajudou Bola a matar Eliza.

A reportagem não conseguiu localizar os dois ex-policiais.


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