Folha de S. Paulo


Defensoria vai pedir indenização a famílias de vítimas da boate Kiss

A Defensoria Pública do Rio Grande do Sul finaliza a elaboração de um pedido de indenização para as famílias dos 239 mortos no incêndio da boate Kiss, ocorrido em Santa Maria há um mês.

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Os defensores pretendem incluir como réus, além dos proprietários da casa noturna, o Estado e a prefeitura pelas falhas na prevenção à tragédia. Os valores para cada família ainda não estão definidos. Fatores como idade, trabalho e sustento de familiares serão levados em conta no momento do cálculo da quantia solicitada.

No último sábado (23), a Defensoria se reuniu com um grupo de familiares das vítimas em Santa Maria. As famílias escolheram na ocasião uma diretoria para uma recém-criada associação de parentes dos mortos.

A ideia da Defensoria é unificar nessa ação na Justiça todos os pedidos de indenização para que o resultado seja mais rápido. Isso não impede, porém, que os familiares recorram individualmente solicitando reparação.

A ação elaborada pela Defensoria vai argumentar que houve "danos morais e patrimoniais" e deve ser ajuizada em até dez dias.

Logo após a tragédia, a Justiça decretou o bloqueio de bens de quatro pessoas ligadas à administração da boate, incluindo Mauro Hoffmann e Elissandro Spohr, sócios que permanecem presos.


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