Folha de S. Paulo


Monobloco reúne 500 mil foliões e encerra hoje o Carnaval do Rio

A manhã deste domingo (17) ainda foi de muita folia no Rio de Janeiro. Cerca de 500 mil pessoas acompanharam o desfile do Monobloco na avenida Rio Branco, no centro da cidade.

Saindo sempre no domingo seguinte à Quarta-Feira de Cinzas desde 2001, o grupo tem a tradição de fechar o Carnaval da cidade.

"Já somos o encerramento formal do Carnaval do Rio", disse Pedro Luis, um dos vocalistas do Monobloco.

Com a bateria de nada menos do que 200 percussionistas, o Monobloco agitou a multidão ao cantar clássicos como "Taj Mahal", de Jorge Ben, e homenagear os sambas-enredo clássicos como "Brazil com Z é pra Cabra da Peste", da Mangueira.

Mas a novidade deste ano ficou por conta dos três homens pintados de azul do grupo nova iorquino Blue Man Group, que teve um trio elétrico próprio e interagiu com o público. Eles tiravam fotos instantâneas e as lançavam ao público, além de jogar água na multidão e usar uma espécie de metralhadora de serpentina.

No final do desfile, após o trio do Blue Man Group ultrapassar a bateria e o carro do bloco, os três homens azuis ainda tocaram percussão junto com o Monobloco.

Durante o desfile, o Monobloco contou com a participação do cantor Lenine, e da sambista Roberta Sá, mulher de Pedro Luis. Questionada sobre como era cantar ao lado do marido, ela respondeu: "É como se estivesse andando numa montanha-russa com a sua mulher."

Já o cantor Lenine, que vai participar do novo CD do Monobloco com a música "Tu quer?", afirmou que está "em casa". "O Monobloco tem a maravilhosa culpa de transformar a alegria do Carnaval do Rio. E tudo com excelência musical", disse ele.

Nem o calor do domingo ensolarado e a multidão tiraram o ânimo dos cariocas. Fantasiada de Carmem Miranda, a aposentada Maria de Lourdes da Silva, 71, seguiu o bloco agarrada ao cordão que separa o público do trio. "É o amor ao Carnaval", disse.

As cinco faixas da pista da avenida Rio Branco foram tomadas pela bateria e pelo trio do Monobloco. Aos 500 mil foliões, sobrou a calçada da avenida. Houve empurra-empurra e algumas pessoas passaram mal. A própria produção do Monobloco trouxe quatro ambulâncias e dez médicos.

Ao todo, foram feitos 132 atendimentos, sendo a maioria por excesso de álcool. Um homem quebrou o braço após cair de uma marquise, de onde acompanhava o desfile.

O Monobloco se concentrou às 8h na esquina das avenidas Rio Branco e Presidente Vargas e seguiu para Cinelândia, onde a apresentação terminou pontualmente às 13h.

Erbs Jr./Frame/Folhapress
Foliões nas ruas do Rio de Janeiro durante a passagem do Monobloco; festa encerra o Carnaval carioca
Foliões nas ruas do Rio de Janeiro durante a passagem do Monobloco; festa encerra o Carnaval carioca

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