A Portela, tradicional escola do Carnaval do Rio de Janeiro, decidiu voltar às origens e homenagear o bairro de Madureira, berço da agremiação, no primeiro dia de desfiles do Carnaval carioca. Uma mulher que estava na posição de destaque de um dos carros da escola quebrou uma perna após cair da alegoria, que esbarrou em uma árvore na parte da concentração.
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A vítima chegou a ficar pendurada no carro. Ela foi socorrida após soltar as mãos e pular nos braços de outros integrantes da agremiação. Apesar do acidente, a escola levou um desfile animado e com muita luz para a avenida da Marquês de Sapucaí com o enredo "Madureira... onde o meu coração se deixou levar."
A comissão de frente lembrou a chegada do trem ao bairro e o teatro de rua, que impulsionaram a cultura na região. A águia, mascote da escola, veio estilizada em um carro azul, em homenagem a Tupã. Além disso, um chafariz de verdade espirrava água nos destaques da alegoria.
A bateria da Portela quebrou uma tradição e veio de branco e vermelho --no lugar de azul-- em homenagem a Zé Pelintra, figura da Umbanda que mistura o arquétipo de malandro com o sagrado e o profano. O mercadão de Madureira também foi representado por um carro alegórico, que mostrava faixas com promoções e descontos.
As festas do bairro não ficaram de fora do desfile, que teve participação de um DJ e um fantasias com perucas "black power".
Uma das surpresas do desfile foi um mestre-sala que grafitou a saia da porta-bandeira que o acompanhava. No início do desfile, a fantasia era preta porém, ao chegar ao meio do sambódromo, a saia já tinha sido pintada de três cores, além de mostrar o nome da escola acompanhado por um coração.