Folha de S. Paulo


Após tumulto no Bola Preta, Riotur vai pedir à PM para evitar carros nos blocos

Um dia após o tumulto na saída do Cordão da Bola Preta, no centro do Rio, a Riotur (órgão municipal que organiza o Carnaval) afirmou que vai pedir à Polícia Militar que reavalie o posicionamento dos seus carros nos blocos de rua.

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A ideia é seguir o exemplo do desfile da Preta Gil, que arrastou uma multidão na última semana sem registrar qualquer incidente. Na ocasião, não havia nenhum carro da polícia posicionado no meio do bloco.

Ontem à tarde, um grupo de foliões quebrou o para-brisa de um carro da Polícia Militar durante um tumulto no final do desfile do bloco Cordão da Bola Preta. Segundo a PM, houve empurra-empurra, pessoas passando mal e presas entre um gradil e o Theatro Municipal da cidade.

Algumas mulheres não resistiram ao calor e desmaiaram. Elas foram socorridas por policiais militares e atendidas no local, na praça da Cinelândia. Ao menos 1,5 milhão de pessoas, de acordo com balanço parcial da polícia, foram para as ruas acompanhar o cortejo.

"A Riotur vai se reunir com os organizadores do bloco [Bola Preta] após o Carnaval para avaliar melhorias que podem ser feitas para facilitar a fluidez do público nos desfiles futuros. Foi observado que tanto a localização dos carros da PM quanto a de estruturas de equipes de filmagem acabaram prejudicando a dispersão", disse a Riotur em nota.

A prefeitura afirmou que o desfile do Monobloco --no próximo domingo-- seguirá o exemplo do bloco da Preta Gil. "Vale destacar que a evolução do evento é uma responsabilidade de cada bloco", diz a Riotur.


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