Folha de S. Paulo


Para falar de igualdade, Nenê abusa de cor azul e águias na avenida

A Nenê de Vila Matilde, primeira escola a desfilar na segunda noite do Carnaval de São Paulo, animou o público do Anhembi com o enredo "Da revolta dos búzios a atualidade, Nenê canta a igualdade". A águia e a cor azul apareceram em diversas fantasias, alas e alegorias da agremiação.

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A Nenê levou para a avenida 3.000 componentes em 22 alas. Os integrantes da escola entraram na avenida com o samba afiado. Todos cantam com bastante animação. A Nenê também foi aplaudida com empolgação pelo público na arquibancada do Anhembi, que vibrava com a volta da escola para o Grupo Especial.

A comissão de frente da escola veio representando a luta entre o bem e o mal, com metade dos componentes usando fantasias azuis e a outra com roupas roxas. O carro abre-alas seguiu a temática e cativou o público com uma águia colorida e o rosto de uma mulher, representando a liberdade, com muitos efeitos de fumaça, papéis picados e luzes.

A primeira parte do desfile contou a Revolta dos Búzios, luta para conquistar a libertação dos escravos. A escola vai mostrar na avenida as lutas para a conquista da igualdade.

A bateria veio fantasiada de comerciantes e soldados, para representar a mistura entre as classes sociais. Adriana Bombom teve um cargo curioso: era a diva da bateria, posição criada especialmente para a carioca. Ela desfilou ao lado da rainha Débora Caetano, que neste Carnaval ainda será musa da Portela, no Rio.

O terceiro carro da agremiação --que fez homenagem ao Olodum e ao Pelorinho-- teve problemas no eixo e dificuldades para sair da concentração, e a escola teve que parar na avenida para não criar buracos e prejudicar a nota da evolução. Depois de arrumado, os puxadores tiveram que correr com o carro. Um deles tropeçou e quase foi atropelado. A alegoria trouxe também a ala infantil da escola, com meninos e meninas com perucas rastafári.

A quarta alegoria da Nenê de Vila Matilde representou a união de todas as raças e o último carro representou a igualdade no Carnaval, com a união de povos, raças e cores para fazer uma única festa.

Zé Celso, que foi ao desfile como um "Antonio Conselheiro Ano 2013", em suas palavras, disse que estava com medo, pois o desfile da Nenê foi audacioso, "muito simples para os padrões do Carnaval". Mas ele diz que funcionou e que foi "uma delícia."


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