Folha de S. Paulo


Convidados usando chinelos não serão vetados, diz Câmara

Após barrar a entrada de pessoas de chinelo e bermuda, a Câmara de São Paulo disse ontem que esses trajes devem ser aceitos no prédio, desde que a pessoa se identifique e seja recebida por um vereador ou funcionário.

Veto a chinelo deixa catador fora da Câmara de SP
Câmara de SP proíbe a entrada de pessoas calçando chinelos

O veto entrou em vigor nesta semana.

Ontem, após reunião com representantes de movimentos dos sem-teto (que entraram de chinelo ou descalços), a presidência da casa afirmou que a aplicação da medida ainda passa por ajustes.

O padre Júlio Lancelotti, líder da pastoral dos moradores de rua, afirmou ainda estar "perplexo". "Há preconceito grande com os moradores de rua. Se eles estão procurando banho na Câmara, quer dizer que não veem outro lugar onde sejam acolhidos. E quem disse que eles automaticamente causam insegurança?"

Inicialmente, o grupo com cerca de dez representantes dos sem-teto entrou para falar com o vereador Toninho Vespoli (PSOL). Depois, pediram reunião com o presidente da Câmara, José Américo, e a solicitação foi aceita.


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