Folha de S. Paulo


Mocidade contesta histórias e os limites do homem em desfile

Atual campeã do Carnaval de São Paulo, a Mocidade Alegre vai levar à avenida neste ano um enredo para aguçar a criatividade. Segundo o carnavalesco Sidney França, a ideia é contestar os limites do homem e as histórias que são contadas a todos desde a infância, sempre propondo um final diferente e feliz.

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"É um enredo bastante imaginário, bastante fantasioso, lúdico, poético. A ideia é que cada pessoa sinta a sedução da escola, que está convidando a uma viagem. Juntos, seremos criadores por um dia, podendo dar um novo final às histórias que sempre nos foram contadas. É um grande conto de fadas", conta o carnavalesco.

Logo na abertura do desfile da Mocidade, a escola vai contestar a ideia de que o pecado leva ao inferno. "Na primeira parte teremos o setor 'É pecando que você vai chegar ao céu'. Mostraremos os sete pecados capitais de forma bem humorada, caricata, alegre e irreverente, que vai levar ao céu", adianta França.

A escola vai ainda contestar os limites humanos, mostrando uma "realidade" em que o homem pode sim voar, viajar no tempo, viver eternamente e viajar a outra dimensão. A Mocidade também vai "bagunçar"os contos de fada, apresentando-os sob uma perspectiva diferente, com princesas traiçoeiras e lobos bons.

"Teremos a Branca de Neve colocando criancinhas num caldeirão, princesas transformadas em sapas após serem beijadas por sapos, o Robin Hood roubando dos pobres para dar aos ricos, os sete anões como sete ladrões e a Chapeuzinho piriguete", brinca o carnavalesco.

A Mocidade será a terceira escola a entrar na avenida na noite do próximo sábado, segundo dia de desfiles do Grupo Especial. Ao todo, ela levará 3.200 pessoas ao Sambódromo do Anhembi, divididos em cinco carros alegóricos e 25 alas.


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