O chão das escolas de samba do Rio promete ser menos "estrelado" neste Carnaval. Para melhorar a evolução e o andamento do desfile, agremiações como a Grande Rio, sempre povoada de "globais", cortou o número de musas que sambarão à frente de alegorias e alas.
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O motivo: elas, sem querer, atrapalhavam a evolução da escola, ao parar para posar para um batalhão de fotógrafos, sambando fora do compasso e abrindo "buracos" na escola.
A Grande Rio chegou a ter 24 musas desfilando em 2012. Neste ano, quando levará para a avenida a disputa pelos royalties do petróleo, serão apenas seis --entre elas, Bruna Marquezine (a Lurdinha de "Salve Jorge"), Mirella Santos e Danielle Winits.
Celebridades identificadas com a escola, como Susana Vieira --que já foi madrinha de bateria-- e Christiane Torloni devem ser destaques em alegorias. Susana não vê problemas em não sair no chão.
"Eu venho no abre-alas, em um lugar especial, escolhido pelo carnavalesco. Estou ali para somar, para fazer bonito com a minha escola."
Já Danielle Winits se diz "honrada" por sair novamente na escola, da qual já foi também madrinha de bateria. "Há tantos anos não desfilava que nem me lembro quando foi minha última passagem pela Sapucaí."
Para Tavinho Novello, diretor de Carnaval da Grande Rio, o excesso de musas prejudicava a evolução da escola.
O Salgueiro, que costumava trazer muitas celebridades, também limitou a sete as destaques de chão para melhorar a evolução, segundo Dudu Azevedo, diretor de Carnaval. Entre elas, apenas duas são famosas: Adriana Bombom e Valesca Popozuda.
Uma das principais estrelas da escola é da comunidade: Camila Santos, conhecida como "supermusa" por vestir tamanhos grandes.
Outras agremiações também decidiram tirar as celebridades do chão. Mocidade e União da Ilha, por exemplo, optaram por desconhecidas à frente da bateria.
Na Ilha, o posto é de Bruna Bruno. A verde-e-branca de Padre Miguel "importou" Camila Silva, da Vai-Vai.