Folha de S. Paulo


No retorno às aulas, alunos da UFSM participam de culto ecumênico

Estudantes e professores da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) participam na manhã desta segunda-feira de um culto ecumênico que homenageia as vítimas do incêndio da boate Kiss e marca o retorno das atividades da universidade.

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O culto começou pontualmente as 9h e foi iniciado pelo padre Chico, que orou pelas 97 pessoas que ainda estão internadas. Estão presentes representantes da Igreja Católica, Igreja Anglicana, Igreja Luterana do Brasil, Igreja Carismática de Jesus Cristo e Associação Israelita de Santa Maria.

O arcebispo da arquidiocese de Santa Maria leu uma mensagem do papa Bento XVI, enviada no último dia 28 em que ele diz compartilhar do sofrimento das famílias das vítimas e envia condolências.

Wesley Santos/Folhapress
Estudantes e professores da UFSM participam de um culto ecumênico que homenageia as vítimas do incêndio
Estudantes e professores da UFSM participam de um culto ecumênico que homenageia as vítimas do incêndio

Dom Francisco de Assis, da Igreja Anglicana, disse que a universidade, que é um lugar de produção de conhecimento, agora é desafiada a produzir solidariedade e citou uma música da banda inglesa Queen, "The Show Must Go On".

Antes do culto iniciar, os alunos receberam botons com os dizeres "honrar a memória, defender a vida". 116 jovens seguram 116 velas acesas, em memória dos 116 estudantes da universidade que morreram no incêndio.

INCÊNDIO

O incêndio aconteceu na madrugada de domingo (27) na boate Kiss, localizada no centro de Santa Maria (RS). O local é famoso por receber estudantes universitários. Ao todo, 237 pessoas morreram.

O fogo teria começado na espuma de isolamento acústico da boate, após um integrante da banda Gurizada Fandangueira manipular um sinalizador. Faíscas atingiram o teto e iniciou as chamas. O guitarrista da banda afirmou que o extintor de incêndio não funcionou.

Sobreviventes relataram que, antes de perceberem o incêndio, os seguranças teriam impedido os jovens de saírem sem pagar.

Editoria de Arte/Folhapress

A maioria das vítimas morreu por asfixia durante a festa promovida por alunos da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria). Muitas foram encontradas amontoadas nos banheiros, por onde tentaram fugir do fogo.

No local, havia apenas uma uma porta, que funcionava como a única passagem de entrada e saída da boate. Bombeiros e sobreviventes quebraram a fachada da casa noturna a marretadas para retirar as pessoas.

A boate Kiss, com capacidade para até 691 pessoas, recebeu entre 900 e 1.000 no dia do incêndio, de acordo com a polícia.

A direção da boate Kiss divulgou nota afirmando que a casa estava dentro da normalidade e creditou o incêndio a uma "fatalidade".

Editoria de Arte/Folhapress
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