Dezoito casas noturnas foram fechadas no Estado do Paraná por problemas de segurança. Após o incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS), o governo do Estado determinou que todas as casas noturnas fossem inspecionadas.
Em Curitiba, as casas noturnas Aos Democratas, Bar Curytiba e Class Night Club foram fechadas na noite de ontem por falta de alvará de funcionamento, descumprimento de notificações anteriores, falta de certificados do Corpo de Bombeiros e falta de licença sanitária.
Em Cascavel, três boates foram interditadas a pedido do Ministério Público por estarem funcionando sem alvará de funcionamento. Outros cinco estabelecimentos foram fechados no litoral do Estado, em Matinhos.
Ainda foram interditadas cinco casas noturnas em Guarapuava e outras duas em Toledo.
INCÊNDIO
O incêndio aconteceu na madrugada de domingo (27) na boate Kiss, localizada no centro de Santa Maria (RS). O local é famoso por receber estudantes universitários. Ao todo, 236 pessoas morreram e outras 119 permanecem internadas.
O fogo teria começado na espuma de isolamento acústico da boate, após um integrante da banda Gurizada Fandangueira manipular um sinalizador. Faíscas atingiram o teto e iniciou as chamas. O guitarrista da banda afirmou que o extintor de incêndio não funcionou.
Sobreviventes relataram que, antes de perceberem o incêndio, os seguranças teriam impedido os jovens de saírem sem pagar.
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A maioria das vítimas morreu por asfixia durante a festa promovida por alunos da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria). Muitas foram encontradas amontoadas nos banheiros, por onde tentaram fugir do fogo.
No local, havia apenas uma uma porta, que funcionava como a única passagem de entrada e saída da boate. Bombeiros e sobreviventes quebraram a fachada da casa noturna a marretadas para retirar as pessoas.
A boate Kiss, com capacidade para até 691 pessoas, recebeu entre 900 e 1.000 no dia do incêndio, de acordo com a polícia.
A direção da boate Kiss divulgou nota afirmando que a casa estava dentro da normalidade e creditou o incêndio a uma "fatalidade". (LORENNA RODRIGUES)
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