Um grupo de engenheiros do Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) fará no início da tarde desta quinta-feira uma nova vistoria na boate Kiss, que foi atingida por um incêndio no último domingo provocando a morte de 235 pessoas.
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Técnicos do IGP (Instituto Geral de Perícias) também já estiveram no local após a tragédia. As equipes devem elaborar um laudo técnico que poderá apontar as causas do incêndio. Segundo testemunhas, ele teria originado no teto após um integrante da banda que tocava no local usar um sinalizador.
O advogado Jader Marques, que representa o sócio Elissandro Spohr, 28, afirmou ontem que os proprietários revestiram por conta própria o teto do estabelecimento em cima do isolamento acústico. Já os bombeiros tiveram dois meses para vistoriar a Kiss, mas não o fizeram por "questões administrativas".
Além do teto, a polícia apura ainda se o local estava superlotado. A boate tinha capacidade para apenas 691 pessoas, mas funcionária relatou ter separado mil comandas para a festa da noite da tragédia. Além disso, grades de metal usadas para separar as filas na calçada dificultaram a passagem de quem fugia.
Apesar dos pontos apurados pela polícia, o advogado nega a superlotação do local e afirma que "não havia nada de irregular" na casa noturna e que ela estava em plenas condições de funcionamento. Relatos também apontam que os extintores não funcionavam e não havia iluminação para orientar as saídas da boate.
| Editoria de Arte/Folhapress | ||
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