Folha de S. Paulo


Promotor exibe fotos do bebê de Eliza encontradas pela Folha

O promotor Henry Wagner de Castro exibiu nesta sexta-feira (23), durante julgamento do desaparecimento e morte de Eliza Samudio, o álbum de fotografias do filho dela encontrado nas imediações do sítio do goleiro Bruno, o suposto mandante do crime.

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Na réplica dos debates entre acusação e defesa, o promotor citou que o álbum foi encontrado pela reportagem da Folha em julho de 2010, com fotos queimadas, e entregue à Polícia Civil. Segundo o promotor, as imagens de Bruninho são as mesmas encontradas no computador de Eliza. Ele exibiu aos sete jurados (seis mulheres e um homem) as fotos queimadas e as do computador.

Na ocasião, a polícia informou que o álbum não tinha sido localizado pelos investigadores porque a área do sítio é muito grande e, quando houve buscas na propriedade, o foco era achar o corpo de Eliza.

As fotos foram encontradas em 10 de julho de 2010. Era um álbum de fotos de um bebê parcialmente queimadas, a três metros da cerca do sítio de Bruno.

Na ocasião, a reportagem enviou ao pai de Eliza, o empresário Luís Carlos Samudio, em Foz do Iguaçu (PR), cópias das fotos. Ele disse que as fotografias eram de seu neto, o filho de Eliza.

ÚLTIMO DIA

O quinto dia de julgamento começou por volta das 11h20 no fórum de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte. A expectativa é que o júri decida ainda hoje o destino de Macarrão e de Fernanda.

Macarrão responde pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado de Eliza e de seu bebê. Já Fernanda está sendo julgada por sequestro e cárcere privado.

Hoje, a Promotoria tem duas horas e meia para tentar convencer os sete jurados da responsabilidade dos réus no crime. Em seguida, será a vez das defesas de ambos falarem. Caso a acusação queira continuar o debate, ela poderá pedir réplica, e as defensorias, tréplica. Essa fase pode durar entre cinco e nove horas.

Terminado os debate, a juíza deverá fazer um intervalo para que os jurados se reúnam e decidam se os réus são culpados ou inocentes.


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