Folha de S. Paulo


Fartura paulistano deve ser ampliado em 2017, diz organizador do festival

A primeira edição do festival Fartura em São Paulo teve, além de representantes da gastronomia de todos os Estados brasileiros, balanço positivo em termos de público.

De acordo com a organização, toda a carga de ingressos disponível foi vendida: mais de 8.000 pessoas passaram pelo Jockey Club entre sábado (25) e domingo (26).

O número faz da edição paulistana a melhor estreia do festival, do qual a Folha é parceira. O projeto, que também faz expedições pelo país para mapear ingredientes e receitas, nasceu em Tiradentes (MG) e já realizou eventos em Belo Horizonte, Porto Alegre e Fortaleza.

Em termos absolutos, o festival de São Paulo só atraiu menos público do que os realizados nas cidades mineiras (na capital, Belo Horizonte, foram 10 mil visitantes em 2015 e, em Tiradentes, 40 mil –mas em dez dias de evento).

A ideia, agora, é ampliar a edição do Fartura paulistano no ano que vem.

"Nossa intenção é continuar em São Paulo –e ter em 2017 uma estrutura maior, porque percebemos a demanda. Demos à cidade algo que ela queria", diz Rodrigo Ferraz, organizador do evento.

"E o DNA na cidade será o mesmo deste ano: levar ao menos um representante de cada Estado do país, entre ingredientes, chefs e produtores."

Outra peculiaridade no Jockey foi o gasto médio mais alto dos visitantes –que podiam comer pratos por R$ 25 e petiscos por até R$ 22, além de levar para casa produtos como queijo, goiabada, café, biscoitos, chocolate e cachaça.

Segundo a organização, o gasto médio de R$ 60 por pessoa foi o mais alto em uma edição do Fartura; nas outras cidades, o chamado tíquete médio é de R$ 40 a R$ 45.

Na conta final, foram servidos cerca de 20 mil pratos, que levaram às panelas locais oito toneladas de alimentos.

Chamada Especial Fartura

AULAS LOTADAS

Com todos os ingressos vendidos, as aulas e apresentações de chefs (realizadas em espaços com lotação de não mais que 40 pessoas) lotaram e, nas barracas de comida, havia filas constantes –a reportagem conversou com ao menos um frequentador que havia comprado o ingresso com um cambista.

Ao longo do evento, chefs tiveram que alterar receitas, porque viram se esgotar os ingredientes (leia ao lado), e produtores "fecharam as portas" mais cedo. No domingo, pouco depois das 14h, já haviam acabado as cem unidades de queijo da serra da Canastra.

(CAROLINA MUNIZ, IARA BIDERMAN, JÚLIA ZAREMBA, MAGÊ FLORES, MARÍLIA MIRAGAIA, RENATA HELENA RODRIGUES)


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