Folha de S. Paulo


Depois de dois anos de veto, justiça libera venda de 'foie gras' na Califórnia

O "foie gras" está de volta aos cardápios de restaurantes de alta cozinha da Califórnia (EUA).

Uma decisão do juiz federal Stephen Wilson, publicada nesta quarta-feira (7), concluiu que é inconstitucional a proibição da comercialização do ingrediente no Estado –definida em lei de 2004 e posta em prática em 2012.

Divulgação
Prato com 'foie gras' do chef Erick Jacquin, do extinto La Brasserie Erick Jacquin
Prato com 'foie gras' do chef Erick Jacquin, do extinto La Brasserie Erick Jacquin

Desde então, restaurantes como a rede californiana Hot's e diferentes produtores de "foie gras" –entre eles a Hudson Valley Foie Gras, de Nova York, e a Associação de Produtores de Patos e Gansos de Québec, no Canadá– vêm tentando derrubar o veto.

No ano passado, a Suprema Corte americana já havia rejeitado o pleito desse grupo, que argumentava que a lei interferia de forma irregular no comércio interestadual.

Agora, no entanto, o juiz Wilson tornou nulo o texto, com base em outro argumento; segundo sua interpretação, o veto se sobrepõe a uma lei federal que regula produtos avícolas.

Na própria noite de quarta, chefs e restaurateurs comemoraram a decisão –casas como La Toque, na região de Napa Valley, e Dirty Habits, em San Francisco, já reincluíram o "foie gras" em seus menus.

O presidente da Associação de Restaurantes da Califórnia, Jot Condie, disse ao "Huffington Post" que foi um "grande dia". "Restaurantes e chefs estão de volta ao controle de suas cozinhas e cardápios, e mais uma vez têm liberdade de preparar e servir a seus clientes um produto aprovado pelas autoridades de agricultura", afirmou.

Também na quarta entidades de proteção aos animais disseram que pedirão ao advogado-geral da Califórnia que recorra da decisão.

SÃO PAULO

Em 2013, um projeto do vereador Laércio Benko (PHS) tentou proibir a comercialização de "foie gras" também na cidade de São Paulo.

Apesar de chegar a ter sido aprovado em primeira votação no plenário, ele acabou tendo sua tramitação interrompida na Comissão de Saúde e não foi em frente.

À época, o autor do texto admitiu rever seu conteúdo.


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