Folha de S. Paulo


EUA têm plano contra ferrugem do café na América Central

O governo dos Estados Unidos anunciou, nesta segunda-feira (26), uma iniciativa para encontrar uma forma eficaz de combater a ferrugem, um fungo que ataca os cafezais e prejudica de forma catastrófica as exportações centro-americanas do grão.

A Agência Americana de Ajuda ao Desenvolvimento (USAID) informou ter costurado um plano com a Universidade de Agricultura e Mecânica do Texas (sul), com custo estimado em US$ 5 milhões, para erradicar a ferrugem, um fungo cujo aparecimento tem efeito devastador nas plantações de café.

O plano prevê que a universidade do Texas desenvolva cepas de plantas resistentes à praga e sua posterior introdução na região onde a USAID apoia iniciativas de comércio justo.

Também se propõe a delinear métodos para controlar as epidemias.

"A ferrugem do café ameaça mais do que o seu café da manhã. Afeta empregos, negócios e a segurança de milhões de pessoas nas Américas", disse o administrador da USAID Mark Feierstein ao apresentar a iniciativa.

A USAID estima que desde 2012 a ferrugem tenha causado prejuízos no valor de US$ 1 bilhão para a indústria cafeteira na América Central e do sul, e que atualmente represente uma ameaça para quase meio milhão de postos de trabalho.

"Temos que controlar as epidemias para garantir que os fazendeiros e os trabalhadores tenham rendimentos estáveis, que não comecem a plantar cultivos ilícitos ou sejam obrigados a migrar porque não podem manter suas famílias", acrescentou Feierstein.

Segundo a entidade World Coffee Research, o fungo da ferrugem apareceu pela primeira vez na região em cultivos da variante Arabica na Guatemala, em 2010, embora os casos tenham se acelerado dois anos depois.


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