Folha de S. Paulo


Café Lamas é pouso garantido da boemia e oferece de filé a mingau

O Café Lamas é uma das certezas mais inabaláveis do Rio. Não só está de pé desde 1874 –com uma mudança de endereço em 1976– como é um dos pousos garantidos dos boêmios cariocas, seja para a fome fora de hora ou de expulsão do bar vizinho no meio da madrugada.

Os garçons do estabelecimento estão sempre de jaleco branco e gravata preta. O filé à parmigiana (R$ 100) mantém a maciez a qualquer hora do dia ou da noite.

Comece com o bolinho de bacalhau (R$ 5,20), graúdo, e vá para os filés e contrafilés, especialidades da casa, com acompanhamentos como batatas portuguesas, arroz de brócolis e farofa.

Criado em um bar na Lapa para homenagear o diplomata, o Oswaldo Aranha (R$ 96), coberto de alho dourado, entrou no cardápio do Lamas a pedido do figurão, também frequentador do restaurante.

O Lamas já foi um dos exemplos de bom custo-benefício no Rio, mas também sucumbiu à escalada generalizada de preços.

O cardápio, variado, serve aos apetites mais imprevisíveis, com pedidas como mingau, ovos quentes e uma seleção de doces portugueses para a sobremesa.

Na decoração, repare no detalhe dos espelhos que circundam o salão, com as especialidades do menu pintadas em tinta branca.

Outra curiosidade: o Café Lamas foi dos últimos bastiões das áreas para fumantes, antes da criação da lei antifumo na cidade.

CAFÉ LAMAS
INAUGURAÇÃO 1874
NO MENU filé-mignon à parmigiana (acompanhado de arroz e batatas portuguesas), R$ 100
ONDE r. Marquês de Abrantes, 18, loja A, Flamengo, Rio de Janeiro, tel. (21) 2556-0799


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