Folha de S. Paulo


No festival Ver-o-Peso, chefs fazem menus ousados com ingredientes do Norte

As noites de sexta e sábado foram de gala. Divididos em dois times, 12 chefs convidados pelo festival Ver-o-Peso cozinharam dois jantares beneficentes na sede campestre da Assembleia Paraense, em Belém.

A proposta dos menus de seis tempos, a R$ 200 por pessoa, era explicitar o potencial dos ingredientes de várias regiões do Norte brasileiro, em preparos mais ousados, bem diferentes dos pratos típicos da culinária regional.

Algumas ideias se destacaram. Como uma das entradas, os chefs Bárbara Verzola e Pablo Pavon, do Soeta, em Vitória (ES), fizeram brincadeira com a erva mais famosa do Pará: em xícara, ofereceram "chá de cogumelo", na verdade um consomé temperado com jambu, ao lado de biscoito de tapioca com manteiga de tucupi e aviú.

A chef Bella Masano, do restaurante paulistano Amadeus, serviu filés altos de pescada amarela acompanhados do miúdo feijão manteiguinha de Santarém, muito popular por aqui - o peixe, dentro do caldo aveludado do cozimento, chegou à mesa salpicado por aviús, os micro camarões pescados no rio Tapajós.

E um macio medalhão de carne de búfalo foi a escolha do chef Felipe Rameh, do mineiro Trindade - a carne, típica da ilha de Marajó, foi acompanhada de redução de açaí e purê de banana.

Neste domingo, após as últimas aulas de gastronomia, a programação do festival se encerra com o divertido Jantar das Boieiras - as cozinheiras que preparam refeições no mercado Ver-o-Peso vão conduzir o evento, tendo os chefs como auxiliares.

A jornalista FLÁVIA G. PINHO viajou a convite da organização do evento.

Diego Ventura/Divulgação
Festival Ver-o-Peso, em Belém
Festival Ver-o-Peso, em Belém

Endereço da página: