Folha de S. Paulo


Comportamento de consumidor faz setor de carne eliminar estoques

Robson Ventura - 29.mar.17/Folhapress
Sao Paulo, SP, 29/03/2017, Brasil 18:28:54 As carnes de boi, de porco e de frango devem ficar mais caras a partir de abril no Estado de Sao Paulo. Pessoas comprando carne no acougue tennessee na Av Sapopemba 13.780 em Sao Mateus. ( Robson Ventura/Folhapress ). EMBARGADA PARA VEICULOS ONLINE *** UOL E FOLHA.COM, FOLHAPRESS CONSULTAR FOTOGRAFIA DO AGORA SP *** FONES 32242169 - 32243441 ***
Consumidora em açougue em SP

O comportamento tímido dos consumidores nas compras, incluindo produtos alimentícios, está provocando mudanças no mercado de carnes.

O varejo passou a não fazer estoques, obrigando o frigorífico também a se adaptar a essa nova realidade.

A avaliação é de Heloísa Xavier, da JOX Consultoria Agropecuária. Essa nova posição do consumidor é reflexo dos efeitos da queda de renda, provocada pelo desemprego, e das incertezas geradas pelas crises econômica e política, afirma ela.

Com isso, a produção de frango e de suínos se ajustou à demanda, que é fraca, e os preços também têm pouca reação. Xavier cita o exemplo do frango, cujos valores de negociação estão estáveis desde abril, à exceção de pequenos movimentos pontuais.

O mercado de boi tem uma situação um pouco diferente. Após a forte redução de preços no primeiro semestre, provocada pelas seguidas crises no setor, o gado volta a ter correção nos valores de negociações.

A oferta de bois é restrita nas últimas semanas, motivada pelo período de entressafra e do clima ruim para as pastagens. Isso torna mais difícil a escala de abate dos frigoríficos, que têm contratos externos e necessitam também abastecer o mercado interno.

A dificuldade na compra de gado obriga os frigoríficos que atuam no mercado paulista a pagar mais e a buscar os animais cada vez mais distante, inclusive em outros Estados, segundo Xavier.

O mercado ainda demora algumas semanas para se ajustar, acredita ela.

*

Combate ao bicudo - Os produtores de algodão poderão ter uma nova arma contra o bicudo, uma das piores pragas das lavouras algodoeiras. A Embrapa, a Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão) e o IMA (Instituto Mato-Grossense do Algodão) estão se unindo para produzir uma semente transgênica de algodão resistente a essa praga.

Recursos - O convênio entre as instituições começa com investimentos de R$ 25 milhões e vai sendo ampliado conforme as diversas fases de desenvolvimento das pesquisas, segundo Arlindo Moura, presidente da Abrapa. A parceria foi anunciada nesta terça-feira (29), em Maceió, no 11º Congresso Brasileiro do Algodão.

Custos - Para o presidente da Abrapa, essa nova variedade de algodão vai trazer alívio ao bolso dos produtores e ao ambiente. Atualmente, o combate ao bicudo é caro e feito à base de produtos químicos.


Endereço da página: