Folha de S. Paulo


Moagem de cana será de 661 milhões de t em 2017/18, prevê consultoria

Mauro Zafalon - 26.abr.2013/Folhapress
26.04.13. Colheita de cana em Ivinhema/MS
Colheita de cana em Ivinhema/MS

A moagem de cana da safra 2016/17, a que está se encerrando, fica em 653 milhões de toneladas no país. A próxima, a 2017/18, deverá ter uma moagem um pouco maior: 661 milhões de toneladas.

As estimativas são de Plinio Nastari, da Datagro, consultoria especializada no setor. Se confirmados esses valores, a evolução da próxima safra será de 1,3% em relação à atual.

A região centro-sul, a de maior destaque na produção de açúcar e de etanol do país, deverá moer 612 milhões de toneladas em 2017/18, conforme a primeira estimativa da consultoria.

Já a previsão mais recente para a safra atual de 653 milhões de toneladas no país é 0,5% abaixo do que a Datagro havia previsto em dezembro.

As usinas vão continuar priorizando a produção de açúcar, como fizeram nesta safra. A moagem da cana da próxima safra vai resultar em uma produção de 40,1 milhões de toneladas de açúcar no país, 3,5% mais do que os 38,7 milhões da safra atual.

Pelo menos 36,8 milhões desse volume sairão das usinas da região centro-sul, conforme as previsões da Datagro.

A produção de etanol recua 1%, para 26,9 bilhões de litros na próxima safra, incluído também o combustível derivado de milho. A região centro-sul será responsável por 25,3 bilhões de litros.

Nastari calcula que 48% da cana a ser moída na safra 2017/18 irá para a produção de açúcar, um percentual superior aos 46,9% da safra atual.

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Produtores esperam melhora nos preços do leite

A captação de leite perdeu força no final do ano passado. Excesso de chuva no Sul e pouca precipitação em Goiás e Minas Gerais limitaram a produção.

Apesar da captação menor, os preços pagos aos produtores permaneceram estáveis no mês passado, conforme informações do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).

Os produtores consultados pelo órgão acreditam, no entanto, que o retorno às aulas e uma possível melhora no ritmo da economia podem trazer uma recuperação aos preços no campo.

Em 2016, os preços médios reais pagos aos produtores, descontada a inflação, foram de R$ 1,253 por litro, 22% mais do que em 2015. Esse é o maior valor já captado pelo Cepea.

O excesso de chuva em determinados período do ano passado, com consequente redução nos estoques das indústrias, permitiu esse avanço dos preços.

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Orgânicos - O mercado nacional de orgânicos teve faturamento próximo de R$ 3 bilhões no ano passado, com evolução de 20%. A estimativa é do Organis ( Conselho Nacional da Produção Orgânica e Sustentável).

Ritmo menor - A taxa de crescimento é acelerada, mas ficou abaixo da registrada em anos anteriores, devido à crise econômica do país. As exportações cresceram 15% em volume, mas caíram em receitas. Os negócios somaram US$ 145 milhões, 9,5% menos do que os de 2015, devido ao recuo na taxa de câmbio, segundo o conselho.


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