Folha de S. Paulo


Produtores de soja retomam ação contra multinacional DuPont Pioneer

Ruy Baron/Valor/Folhapress
PRIMAVERA DO LESTE, MT, 12.09.2013: AGRONEGÓCIO-MT - Início do plantio de soja da safra 13/14. (Foto: Ruy Baron/Valor/Folhapress)
Plantio de soja no Mato Grosso

A Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e de Milho do Estado de Mato Grosso) resolveu dar continuidade a ação contra a DuPont Pioneer, iniciada em agosto de 2014.

A ação foi originada devido a cobranças indevidas de royalties na venda de soja com tecnologia RR1, de acordo com a associação dos produtores de Mato Grosso.

A ação estava suspensa para um acerto amigável entre as duas partes, mas as conversas entre as diretorias da multinacional e da associação dos produtores não vinham tendo uma evolução satisfatória.

As propostas recebidas pelos produtores, uma espécie de milhagem oferecida pela multinacional, ficaram bem aquém do que o setor esperava, segundo Gustavo Guilherme Arrais, advogado da Aprosoja na ação.

Essa insatisfação com o andamento das negociações fez a entidade retomar a ação.

A Justiça deverá ouvir agora os produtores que, segundo a Aprosoja-MT, pagaram royalties indevidos.

A entidade quer conhecer também a base de acordo firmado à época entre a Monsanto, detentora da tecnologia RR1, e a DuPont Pioneer.

A patente da soja RR1 caiu em domínio público após ter expirado no início de setembro de 2010.

OUTRO LADO

Sobre a informação de que a Aprosoja-MT retomou o processo judicial por alegada cobrança indevida de royalties sobre a RR1, a DuPont Pioneer reiterou, em comunicado, seu posicionamento de que não realizou nenhuma cobrança de royalties sobre a tecnologia RR1.

"Cumpre ressaltar que, ao longo do processo judicial com a Aprosoja, a DuPont apresentou os documentos que comprovam a não existência de nenhuma irregularidade", aponta o comunicado da empresa.

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Vendas externas de suco crescem mais na Ásia

As exportações de suco de laranja somaram 992 mil toneladas de janeiro a novembro deste ano, 2% mais do que em igual período do ano passado, segundo a CitrusBR (Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos).

Os maiores crescimentos vieram dos países asiáticos, como Japão (mais 11%), China e Coreia do Sul. Já os mercados tradicionais, mas mais importantes para o Brasil devido ao volume importado, avançaram pouco.

Os Estados Unidos adquiriram 188 mil toneladas, 4% menos do que em 2015. A União Europeia, principal mercado para o Brasil, comprou 651 mil toneladas, 1% mais.

As receitas até novembro recuaram para US$ 1,63 bilhão, 2% menos do que em igual período de 2015.

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Entidade financia no Brasil pesquisa sobre agronegócio

Entidade que estimula desenvolvimento de perfis empreendedores e pesquisas práticas no agronegócio em vários países aumenta a presença no Brasil.

A Nuffield International, criada em 1947 na Inglaterra, é uma fundação sem fins lucrativos que fornece bolsas de US$ 30 mil para a realização de pesquisa prática e coordena uma rede mundial de profissionais do agronegócio.

O programa teve início no Brasil com a concessão da bolsa a Cecília Fialho, pesquisadora, cujo trabalho enfocou o marco regulatório para a adoção de biotecnologia em diferentes países.

Ela concluiu que o marco regulatório brasileiro está mais bem posicionado que o dos Estados Unidos, o da China e o da União Europeia.

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Safra cheia As consultorias privadas estão mais confiantes na produção de milho do que os órgãos oficiais. Mais uma delas, a Horizon, de Uberlândia (MG), estima a produção de milho em patamar superior a 90 milhões de toneladas na safra 2016/17.

Safra cheia 2 Céleres e Safras & Mercado também apontam volumes superiores a 90 milhões de toneladas, enquanto Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e IBGE preveem volumes inferiores a 85 milhões de toneladas.

Novos mercados Após conseguir a abertura do mercado dos Estados Unidos para a carne bovina "in natura" neste ano, o Brasil vai agora em busca de Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Indonésia, Canada e México.

Mais receita Esse é um dos alvos da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne). O volume crescerá 180 mil toneladas. Mas, como esses mercados consomem produto de melhor qualidade, a receita somará US$ 1 bilhão mais por ano.


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