Folha de S. Paulo


Açúcar compensa soja nas exportações

Divulgação - 30.mar.2009/Odebrecht
MIRANTE DO PARANAPANEMA, SP, BRASIL, 30-03-2009: Máquinas agrícolas durante colheita de cana-de-açúcar na fazenda Conquista do Pontal pertencente a ETH Bioenergia empresa do Grupo Odebrecht, em Mirante do Paranapanema (SP). (Foto: Divulgação/Odebrecht) ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
Máquinas agrícolas durante colheita de cana-de-açúcar em Mirante do Paranapanema (SP)

O sobe e desce dos preços e das quantidades exportadas de produtos agropecuários está garantindo um bom saldo para a balança comercial neste ano.

As expectativas iniciais eram de receitas menores neste ano devido à redução internacional dos preços das commodities.

Passados oito meses, a balança comercial perde receitas em alguns produtos, mas ganha força em outros.

A líder soja, apesar do recorde no volume exportado neste ano, tem empate nas receitas, em relação às do ano anterior.

Segundo a Secex, as exportações de soja em grãos renderam US$ 17,9 bilhões no ano. O volume exportado soma 48,2 milhões de toneladas, 5% mais do que em 2015.

A perda de ritmo das receitas da oleaginosa, em relação às dos anos anteriores, é compensada, em parte, pelo açúcar e pelo milho.

Com o deficit mundial da produção de açúcar, em relação à demanda, os preços ganharam força neste ano.

Com isso, as receitas com o produto renderam US$ 6,12 bilhões nos oito primeiros meses, 27% mais do que em igual período anterior.

Outro setor de destaque é o milho, cujas exportações recordes de 15,9 milhões de toneladas renderam US$ 2,65 bilhões até agosto.

O volume de exportações do cereal cresceu 141% no ano, enquanto as receitas subiram 66%, segundo a Secex.

As carnes –bovina, suína e de frango– também dão bom impulso à balança comercial. Mesmo com a queda externa de preços, as receitas somam US$ 7,7 bilhões neste ano, um valor próximo do de 2015 –US$ 7,8 bilhões.
Esses valores da Secex consideram apenas as exportações de carnes "in natura".

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Chegou perto As vendas externas de etanol renderam US$ 713 milhões de janeiro a agosto. O valor encosta nos US$ 728 milhões do suco de laranja.

Ritmo melhor Os dados são da Secex, que indica evolução de 48% nas exportações de etanol e de 17% nas de suco de laranja no período.

Ainda ruins As receitas com as exportações de minério de ferro e de petróleo, após um ano difícil em 2015, caem menos neste ano.

Os números O minério de ferro, segundo item da balança, rendeu US$ 7,76 bilhões no ano, com queda de 18%. Já o petróleo, cujas exportações somaram US$ 6 bilhões, teve queda de 30%.

A passos largos Há dez anos, as receitas com as vendas externas de soja representavam 7,6% do total das exportações brasileiras. Neste ano, estão em 19%.

Impulso no preço O clima adverso na Flórida elevou os preços do suco de laranja para os maiores patamares em quatro anos. O primeiro contrato subiu 4,83% nesta quinta-feira (1º) em Nova York, para US$ 1,91 por libra-peso.


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