Folha de S. Paulo


Exportação de commodities aumenta no mês

A balança comercial brasileira das commodities vai terminar o mês com um volume de exportações melhor do que o de junho. Em alguns casos, como o de frango, a tendência é de novo recorde.

Se o país ganha em volume, perde em receitas. Praticamente todas as commodities mantiveram queda de preços no mercado internacional neste mês.

No setor de grãos, as exportações de soja continuam aquecidas e devem somar 8,9 milhões de toneladas, abaixo dos 9,8 milhões de junho, mas 48% acima das de julho do ano passado.

Se as exportações de soja perdem ritmo, o que é normal neste período do ano, as de milho ganham força.

Os dados desta segunda-feira (27) da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) apontam para exportações de 1,2 milhão de toneladas do cereal neste mês, bem acima das 137 mil de junho.

As carnes aumentam o volume de exportações. A de frango, líder no setor, deverá atingir 416 mil toneladas de produto "in natura", com receitas de US$ 690 milhões. Os valores superam os de junho e de julho de 2014.

Mas o preço médio da carne de frango recua para US$ 1.656 por tonelada, 16% menos do que há um ano.

A carne bovina tem um volume médio diário menor neste mês, mas o acumulado deverá atingir 92 mil toneladas, acima do de junho. A alta se deve ao número maior de dias úteis em julho.

Ao contrário das carnes de frango e suína, a bovina teve alta de preços no mês, com a tonelada do produto "in natura" subindo para US$ 4.592.

As exportações de carne suína devem subir para 53 mil toneladas neste mês, 30% mais do que no mês anterior. As receitas também sobem, atingindo US$ 142 milhões, 29%.

O Brasil ganha espaço, também, nas vendas de açúcar em bruto, que sobem para 2,1 milhões de toneladas neste mês, 40% mais do que em junho.

Com a queda média dos preços externos, as receitas sobem menos do que o volume. Devem atingir US$ 646 milhões, 36% mais.

As exportações de minério de ferro sobem e vão a 32,8 milhões de toneladas.

Luiz Carlos Murauskas - 17.set.2010/Folhapress

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Clima e China derrubam preços na Bolsa de Chicago

O mercado de commodities viveu um dia perfeito para quedas nesta segunda-feira (27), com a influência do clima e da China.

As chuvas, pouco intensas, em alguns Estados estão sendo consideradas favoráveis.

Já a forte queda das ações na Bolsa de Chicago fez os fundos, com aversão a riscos, saírem do mercado, embolsando lucros, segundo Heitor Hayashi, da AgRural.

No dia 12, o cenário deverá ficar mais claro, uma vez que o Usda (Departamento de Agricultura dos EUA) deverá atualizar números sobre produtividade e área, afirma ele.

O primeiro contrato do milho recuou 4,97% ontem, para US$ 3,73 por bushel. Já a soja caiu 3%, para US$ 9,61.

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Petróleo As exportações deste mês estão destoando do cenário registrado pelas demais commodities. Devem recuar para 2,9 milhões de toneladas, ante os 4 milhões de junho e os 3,9 milhões de julho de 2014, de acordo com dados da Secex.

Urbano e rural O agronegócio é um setor estratégico para o Brasil, e é necessária uma aproximação maior entre a população urbana e a do campo.

Campanha Para estreitar essa interação, a Basf lança a campanha "Agricultura, o maior trabalho da Terra", que neste ano enfocará os aspectos sustentáveis da atuação do agricultor em prol da preservação dos recursos naturais.

Troca Mato Grosso tem a menor relação de troca entre boi gordo e bezerro desde 2008. A relação é 14% inferior à daquele ano, aponta o Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária).

Trigo Os preços à vista despencaram no mercado mundial, em meio a uma falta de interesse de grandes importadores, segundo a AGR Brasil.

Testes O grupo Adir, fornecedor de genética, está promovendo abates técnicos de filhos de reprodutores para realizar um estudo da carne.

Dados reais Conduzido pelo professor Sergio Pflanzer, da Unicamp, a experiência serve para fornecer dados e resultados reais de reprodutores.


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