Folha de S. Paulo


Venda de tratores e colheitadeiras bate recorde em 2013

As indústrias nunca venderam tantas máquinas agrícolas como em 2013. O mercado absorveu 65,2 mil tratores, 17% mais do que em 2012.

As vendas de colheitadeiras tiveram um ritmo ainda mais acelerado, somando 8.545 no ano, 36% mais do que as 6.286 de 2012.

Nada mau para um setor que começou 2013 com preocupações e estimativas de um avanço de apenas 7% a 8%.

Este ainda será um bom ano, mas com ritmo de vendas menor do que o de 2013, segundo avaliações do setor. Apesar da estimativa de uma safra de grãos recorde, as vendas médias de máquinas deverão recuar próximo de 10%. Mesmo com esse recuo, o resultado para a indústria ainda será bom em relação ao obtido nos anos anteriores.

O bom desempenho das vendas foi favorável também para o mercado de trabalho, cujo quadro de trabalhadores está em 20 mil.

O ritmo de vendas do setor do ano passado supera o da década de 1970, quando os produtores avançaram sobre as áreas do Centro-Oeste.

O recorde de vendas de tratores até então era de 1976, período em que as indústrias repassaram 62,7 mil unidades para o campo. Já o recorde de vendas de colheitadeiras era de 1986, quando haviam sido vendidas 6.544 unidades.

Os números atuais são representativos em relação aos recordes anteriores. A potência atual das novas máquinas supera em muito a dos equipamentos anteriores.

O aquecimento das vendas de máquinas agrícolas em 2013 se estendeu também para dezembro, quando a indústria repassou 1.227 colheitadeiras para as revendas, um número recorde para o mês e 15% acima do de 2012.

A John Deere liderou a venda de colheitadeiras em dezembro, com 32%. A empresa manteve a liderança também no ano, com participação de 36,6% do mercado, acima dos 35,5% de 2012.

Já no setor de tratores, a New Holland assumiu a liderança pela primeira vez, ao conquistar 25,9% das vendas de dezembro. A Massey Ferguson se mantém como líder do ano, com 24,4% desse mercado. A Valtra vem a seguir, com 21,6%.

Editoria de Arte / Folhapress
UM ANO DE RECORDESVendas internas,em mil unidades
UM ANO DE RECORDESVendas internas,em mil unidades

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Alimentos A alta média dos alimentos foi de 5,42% no município de São Paulo no ano passado, conforme dados apurados pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

Bem acima Entre os itens que pressionaram estiveram leite e pão. O leite em pó ficou 28% mais caro no ano passado em relação a 2012. Já o pãozinho, devido à alta do trigo, subiu 16% no mesmo período.

Bem abaixo O café em pó, reflexo da forte redução dos preços da matéria-prima no campo, acumulou queda de 12% no ano passado, conforme os dados da Fipe.

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Café

Preço está em alta no mercado externo

A expectativa de redução na safra brasileira de café e a previsão de algumas consultorias de que o consumo supere a oferta fizeram o preço da commodity ter forte alta no mercado externo. Ontem, em Nova York, o primeiro contrato subiu 4%, para US$ 1,21 por libra-peso.


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