Folha de S. Paulo


Rússia aumenta produção interna de carnes

Após um longo programa de apoio estatal para a modernização da produção de carnes, a Rússia quer encurtar o percentual de importação em relação à produção interna.

No caso das compras externas de carne de frango, a meta é reduzir a taxa dos 18% do ano passado para apenas 8% em 2016.

Já o percentual entre importação e produção local de carne suína cairia para 20% em 2016, abaixo dos 27% do ano passado, conforme estimativas do setor.

O governo já teria investido pelo menos US$ 20 bilhões no setor nos últimos dez anos em busca de uma autonomia na produção de proteínas. A tentativa é não só elevar a oferta interna mas também abastecer os países vizinhos, carentes nesses produtos.

A busca russa para modernizar a produção e ampliar a oferta interna de carnes já começa a dar resultados, com aumento de oferta.

O país, que atualmente utiliza diversas barreiras para conter as importações de carne brasileira, poderá reduzir ainda mais as compras nacionais nos próximos anos.

Francisco Turra, presidente-executivo da Abef (Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos), diz que os russos realmente vêm investindo muito e expandindo a capacidade de produção, mas que sempre ficarão dependentes de compras no Brasil e nos Estados Unidos.

Clima e insumos são os principais gargalos deles, alerta Turra. Além disso, no momento em que vão abastecer os países vizinhos, terão a necessidade de complementar o mercado interno com produtos diferenciados oriundos de outros países, inclusive do Brasil, afirma o ex-ministro da Agricultura.

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Exportação de soja em grão pela indústria é recorde

As indústrias moageiras de soja nunca exportaram tantos grãos como neste ano. Os dados até setembro já indicam recorde de 24,8 milhões de toneladas em grãos.

Os meses de outubro a dezembro, normalmente fracos, vão apontar um volume bem acima do de igual período período dos anos anteriores.

A cada mês que avança, as estimativas indicam menor processamento interno e maior volume a ser exportados, aponta a a Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais).
Informações de ontem indicam processamento de 35,4 milhões de toneladas neste ano, ante 36,4 milhões em 2012. Já as exportações sobem para 42 milhões, acima dos 32,9 milhões anteriores.

Para 2014, o processamento está estimado em 36,5 milhões de toneladas, e as exportações vão a 44 milhões, segundo a entidade.

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Retorno com Friboi faz JBS investir mais em marketing

A JBS está satisfeita com o investimento publicitário deste ano, principalmente com a carne Friboi, cujo garoto-propaganda é Tony Ramos.

O resultado não foi favorável só para o aumento de vendas, que superam 20%, mas pela colocação do produto em novos pontos de varejo.

Em muitos casos, a empresa é que foi procurada pelo varejo para passar a vender o seu produto.

A J&F, holding do grupo e que congrega outras empresas de varejo, gostou tanto do resultado que no próximo ano ampliará os investimentos em marketing para R$ 500 milhões.

A verba será destinada à JBS, à Vigor e à Flora, empresas do grupo. Os gastos com a marca Friboi chegarão a R$ 150 milhões neste ano.

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Transporte de grãos terá carroceria em alumínio

A Alcoa colocará no mercado uma carroceria de carga seca de grande porte fabricada 100% em alumínio, o que facilitará o transporte de grãos. A redução de até 50% no peso da caixa de carga eleva a capacidade do veículo.

"Para um caminhão de oito metros, estamos falando de mil quilos a mais", diz José Carlos Cattel, diretor da Alcoa América Latina & Caribe.

O preço, porém, chega a ser o dobro do da de madeira. Mas Cattel diz que o retorno do investimento ocorre em até dois anos devido à durabilidade maior do alumínio. O sistema de fixação é feito sem o uso de solda ou parafusos, com redução de 30% nos custos.

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Grãos - Colheita avança e preços de commodities caem

A colheita de soja e de milho avança nos EUA, devido ao clima seco, e provoca queda nos preços em Chicago. O trigo, com cenário melhor na Argentina e na Rússia, também cai. A queda de preços atingiu também a Bolsa de commodities de Nova York, onde o destaque foi o recuo de 2% do suco.


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