Folha de S. Paulo


É hoje o dia da alegria...

Aproveitando que estamos no domingo de Carnaval, achei oportuno fazermos uma reflexão sobre a relação entre esse feriado e a gestão empresarial.

Vários pesquisadores da área de administração já analisaram as escolas de samba sob a ótica do gerenciamento. De fato, é possível identificar vários elementos presentes no mundo empresarial em uma escola de samba.

Mas há uma diferença significativa: a maioria dos participantes de um desfile não recebe salário para estar lá.

O que fazem as escolas para mobilizar 4.000 pessoas que em uma hora de desfile apresentam o trabalho de um ano inteiro? O que as empresas podem aprender com elas? Motivação? Satisfação dos clientes? Como as pequenas empresas, tão desprovidas de recursos, podem fazer para motivar seus funcionários a encantar seus clientes?

Em primeiro lugar, há uma clara distribuição de papeis. Cada um sabe o que fazer, onde fazer e para quem fazer. Cada participante do desfile realiza a sua parte, e todos estão alinhados em uma única direção: conseguir que a sua escola seja a campeã.

Outro ponto interessante é a hierarquia. Cada ala tem seu responsável, como, por exemplo, a bateria tem seu mestre. Para alcançar esse posto leva-se anos. É um caminho lento, baseado na meritocracia.

O feedback é dado pelas notas dos jurados, que se forem baixas acarretam em mudanças no próximo desfile.

Não se pode esquecer das inovações. Todos os anos, os carnavalescos revelam suas estratégias para causar impacto no desfile - quem não se lembra do homem voando no sambódromo do Rio há alguns anos?

Mas ao mesmo tempo que as escolas investem em inovação, guardam e valorizam seus símbolos tradicionais, que ocupam lugar de destaque na comissão de frente ou na ala das baianas.

Nesse Carnaval, que tal dar um pulo na avenida e aprender um pouco de gestão? No mínimo vai ser divertido.

Um bom Carnaval a todos!


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