Folha de S. Paulo


Crescendo na crise

Há empresas que, mesmo em épocas economicamente mais conturbadas, conseguem enxergar oportunidades, crescer e se fortalecer. Estão nesse rol os negócios focados em produtos ou serviços cujo principal objetivo é fazer com que seu cliente economize dinheiro, unindo criatividade ao empreendedorismo.

Nesses períodos, a inovação de produto, principalmente a incremental, responsável por pequenas melhorias e aperfeiçoamentos, não tem um grande apelo na geração de vendas.

Mais importante é a inovação de processos, pois essa está atrelada a uma economia de custos, seja em tempo de produção, que tem como consequência a economia de mão de obra, seja em matéria prima ou ainda na redução do desperdício com itens com defeitos.

Um exemplo disso é a Buji, fundada por duas sócias e que se define como uma empresa de decoração de reúso. Se o cliente estiver pensando em decorar sua casa, ao invés de investir em grandes projetos, a Buji faz uma análise do que você já tem e aproveita na decoração, sugerindo troca de revestimentos, pintura, mudança na posição dos móveis etc.

O serviço é oferecido em três patamares de preço: uma visita para dar as dicas, a elaboração de um projeto e supervisão on-line ou o projeto completo, em que elas acompanham todo o processo pessoalmente.

Há também empresas de consultoria que se especializaram em racionalizar gastos de outras empresas, seja com energia, água, impostos. Em geral, essas companhias cobram um percentual do valor economizado, ou seja, o cliente só desembolsa se houver um ganho efetivo maior.

Mesmo a inovação de produto pode contribuir para o cliente economizar. Um exemplo são os eletrodomésticos, que se adaptam ao aumentar sua eficiência energética. A geladeira tornou-se 70% mais eficiente do que era dez anos atrás.

Por fim, vale citar também as empresas de TI, que têm um papel importante na redução de custos, ao implementar softwares de controle ou otimização que reduzem significativamente o emprego de mão de obra.


Endereço da página: