Nesta semana foi anunciado que a ociosidade das máquinas na indústria brasileira atingiu um dos maiores patamares dos últimos anos. Este é mais um dos sinais da crise, e eles andam aparecendo com maior frequência a cada vez...
Em épocas assim, o empreendedor deve prestar muita atenção nas finanças. Quando uma empresa está começando, os fluxos do dinheiro não são muito complexos e os próprios empreendedores conseguem dar conta do recado.
No entanto, à medida em que o negócio cresce, é importante contratar pessoas especialistas para desenvolver o planejamento financeiro. Nesse sentido, eu destaco três pontos que merecem especial atenção.
O primeiro é o acompanhamento acurado do fluxo de caixa. Muitas vezes, ações simples como conseguir um prazo maior para pagar um suprimento ou dar um desconto para que um cliente antecipe seu pagamento pode evitar que a empresa tenha que recorrer aos bancos e arcar com os altos juros cobrados.
Mais importante do que o lucro, que é uma medida estática, um fluxo de caixa mal administrado pode causar o fechamento da empresa.
O segundo ponto é definir e colocar em prática uma série de indicadores de desempenho financeiro, o que permite ao empreendedor acompanhar a situação da empresa e identificar com antecedência seus momentos mais críticos, propondo ações para minimizá-los.
Tais indicadores devem ser alimentados por um sistema eficiente de coleta de dados.
Por fim, o terceiro ponto é implementar um sistema de custeio. É surpreendente o número de empresas que não tem a mínima ideia do custo de seus produtos, o que dificulta a identificação de possíveis medidas de redução de despesas.
Em épocas de crescimento econômico, acabamos dando uma ênfase maior na área de vendas. Já quando há crise e as vendas não conseguem atingir patamares mais altos, uma boa medida é focar na redução de custos e no monitoramento financeiro, para que a empresa possa sobreviver a este momento e crescer quando tudo passar. E com certeza a crise vai passar...