Folha de S. Paulo


Mulheres Apaixonadas

Hoje celebramos o Dia Internacional da Mulher e não poderia deixar de dedicar a elas a coluna deste domingo.

Os dados mais recentes do GEM (Global Entrepreneurship Monitor) confirmam que cada vez mais as mulheres estão optando pela carreira empreendedora. Se em 2000, 29% dos empreendedores brasileiros eram mulheres, treze anos depois, em 2013, esse número passou para 52,2%, subindo mais de vinte pontos percentuais.

Com isso, o Brasil é um dos países com maior percentual de mulheres empreendedoras.

Mas o que gerou esse fenômeno?

Um dos grandes desafios vividos por quase todas as mulheres é conciliar as exigências da vida profissional com a familiar.

Embora a criação dos filhos seja uma tarefa tanto do pai quanto da mãe, a mulher acaba pegando para si essa tarefa e se cobra quando não a executa a contento.

O ambiente empresarial, por mais que se fale o contrário, ainda discrimina a mulher com filhos.

Quantas empresas possuem creches para que suas funcionárias possam estar mais perto de seus filhos? Quantas mulheres foram preteridas em uma promoção por terem se tornado mães?

Isto sem falar nas mulheres que são discriminadas nas empresas pelo simples fato de serem mulheres. Elas conseguem chegar apenas até determinadas posições intermediárias na carreira, não podendo ascender na hierarquia da empresa.

É o que chamamos de "teto de vidro", ou seja, em algumas empresas não há mulheres em cargos gerenciais ou de direção.

O empreendedorismo permite que as mulheres possam ter uma carreira e ao mesmo tempo passar mais tempo perto de seus filhos e de sua família. Almoçar com o filho ou acompanhar seu dever de casa, nem que seja por meia hora, faz toda a diferença para elas.

Estudos mostram que o nível educacional dos filhos é fortemente influenciado pelo nível educacional materno.

Quanto mais elas estudam, mais querem que seus filhos estudem também. Parabéns, mulheres!


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