Hoje em dia é muito o comum que os empreendedores, assim que iniciam seus negócios, pensem logo em abrir franquias. De fato, esse tipo de negócio é ótimo como estratégia de crescimento, pois você se expande com o dinheiro dos outros. Em um país em que as taxas de juros são altíssimas, como no caso brasileiro, não recorrer a bancos pode ser uma vantagem significativa.
No entanto, franquear não é algo simples assim. Primeiro, você tem que entender que tornar-se um franqueador significa gerenciar um segundo negócio além do seu. Se administrar um negócio já é difícil, imagine fazer isso com dois ao mesmo tempo. Para isso, você vai ter que adquirir competências específicas.
Segundo, ser um franqueador só faz sentido se você conseguir passar seu conhecimento para seus franqueados, afinal é por isso que eles estão pagando. E para isso acontecer você tem que desenvolver processos. São essas informações, traduzidas em manuais, sistemas, fornecedores credenciados e diretrizes de divulgação, entre outros, que farão com que o franqueado perceba o valor de ter escolhido você como franqueador.
Tais processos também servem para que você possa melhor controlar a qualidade e a padronização dos produtos e serviços oferecidos por sua rede. Para uma franquia ter sucesso, a padronização é fundamental. O sanduíche que você come em uma cidade do Nordeste tem que ser exatamente igual ao de São Paulo.
Outro ponto importante é que o franqueador deve possuir uma marca reconhecida, a fim de alavancar o negócio de cada franqueado. A grande vantagem da franquia é ser grande mesmo sendo pequeno e, para tanto, uma marca difundida e bem conceituada é fundamental.
Preparar um negócio para se tornar uma franquia é um processo longo e trabalhoso, sendo fundamental a contratação de um consultor para guiar o empreendedor nessa empreitada. Lembre-se de que vários negócios acabaram fechando no momento em que decidiram pelo franqueamento como estratégia de crescimento.
Para esses casos, "seria melhor um pássaro na mão do que dois voando".