Robert Kaplan e David Norton, criadores do "Balanced Scorecard", um sistema de gerenciamento e planejamento estratégico, enfatizam que "o que não é medido não é gerenciado". Se a empresa não cria indicadores para mensurar atividades que julga importantes, as pessoas acabam não dedicando a atenção que tais atividades merecem. Por causa disso, acabaram sendo criadas dezenas de indicadores para direcionar o acompanhamento e a gestão dentro das organizações.
A pequena empresa não é a miniatura da grande empresa. Muitas coisas que são válidas para uma grande corporação não se aplicam nas pequenas. Não adianta o empreendedor criar uma dezena de indicadores e querer gerenciar seu empreendimento com eles.
Muito mais produtivo será escolher dois ou três que sejam realmente importantes para o crescimento do negócio dentro de seu contexto e direcionar toda a energia no aprimoramento dessas informações.
Se em uma grande empresa a participação de mercado é um indicador importante, para uma pequena sua relevância é discutível. Vamos tomar como exemplo um restaurante e entender um pouco o contexto do setor. Em geral, o primeiro ano de um restaurante novo é bom, pois a novidade atrai o público, que quer conhecê-lo.
O problema é atrair o cliente uma segunda, terceira ou quarta vez, ou seja, fidelizá-lo. É esse consumidor fiel que traz a família para comemorar aniversários, pede vinho e sobremesa. Enfim, tem um ticket médio bem maior do que alguém que vai ao restaurante pela primeira vez. Por isso, o indicador "porcentagem de clientes que retornam" é tão importante para esse ramo.
Sabendo disso, o empreendedor pode atrelar uma gratificação a seus funcionários a esse indicador. Isso fará com que eles deem uma atenção especial ao cliente, a fim de que ele retorne ao estabelecimento.
E você, já pensou quais são as atividades críticas no setor em que atua? O que pode garantir o seu sucesso no longo prazo?
Pense nisso e depois tente criar alguns indicadores para acompanhar o seu progresso nessas atividades.