A animais silvestres têm sido a atração em festinhas infantis paulistanas. As empresas que fornecem esses serviços são, em geral, encabeçadas por biólogos. Enquanto mostram os animais e falam de cada espécie, os "ecoanimadores" criticam a destruição das florestas e os danos ao ambiente.
"Olha como era a mata de onde ela vem", diz Patrick Moll, da SOS Ambiental, mostrando uma rã e os dez dedos das mãos a um grupo de 30 crianças. "Mas o homem derrubou tudo. Agora sobra só isso", continua, indicando só a pontinha de um dedo. Incluir aves, cobras e lagartos entre os convidados custa de R$ 900 a R$ 1.600. Neste mês, a SOS tem 47 eventos previstos, nos quais se revezam 50 animais.
Embora todos os animais tenham registro no Ibama, o órgão não é um defensor da prática, alegando que a interação pode estressar os bichos. Mas não há lei que proíba os eventos.
Claro que, para os bichos, sempre há algum nível de desgaste, apesar de os biólogos restringirem a interação e manusearem cada animal por, no máximo, dez minutos.
Mas é preciso pesar prós e contras. Na festa que acompanhei, os educadores foram embora deixando para trás rostinhos sorridentes. E plantaram, sem dúvida, uma semente do bem.
| Monica Alves/Divulgação | ||
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| Em seu aniversário de cinco anos, criança segura barata |
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+ PETS
Balada dos vira-latas
Está marcada para o dia 30 a quarta edição da Festa do Dia Mundial do Animal, promovida pela ONG Celebridade Vira-Lata. Serão seis horas de atividades na Casa das Caldeiras, com exposições, "live painting", palestras, bazar, contação de histórias, workshop, e o lançamento do calendário Celebridade Vira-Lata de 2017 —cuja renda ao longo de oito anos foi revertida na castração de 8.839 animais de famílias carentes. Sugere-se, porém, que os bichinhos fiquem em casa, para que não se estressem com a agitação.
Saiba mais: Festa do Dia Mundial do Animal. Av. Francisco Matarazzo, 2.000, Água Branca, das 14h às 20h; entrada gratuita (um pacote de ração será bem recebido).
| Thiago Hernandez/Divulgação | ||
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