Folha de S. Paulo


Encontro em SP 'revela' cervejas artesanais com pinhão e sem glúten

O 5º Encontro Artesanal São Paulo, realizado no último dia 10 no shopping Frei Caneca, na região central, mostrou-se um ótimo lugar para conhecer algumas cervejas com pouco, ou nenhum, espaço nos bares especializados. E também para apreciar novos rótulos de marcas mais conhecidas.

Entre as "escondidas", por exemplo, estavam a Guarubier, de Guarulhos, ou a Los Dias, que parece vinda da Argentina ou do Chile, mas é do interior paulista mesmo. Dias é só o sobrenome da família por trás da marca.

Também havia alguns rótulos recentes de cervejarias mais conhecidas.

Confira abaixo cinco descobertas desta coluna entre as artesanais. Todas de São Paulo.

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Guarubier
Algumas cervejarias são quase como lendas urbanas. Você já ouviu falar, conhece alguém que jura que experimentou, mas nunca viu. É o caso da Guarubier, de Guarulhos. Provei uma german weizen com suco de laranja, bem refrescante. Cheguei a ler uma vez que esse frescor diminui na versão engarrafada, mas essa eu não tomei. A ver.

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Los Dias
Essa, confesso, desconhecia completamente. E me surpreendi positivamente. O nome sugere que a marca seja de algum vizinho do Mercosul, mas é de Taubaté mesmo. Rara por aqui, ela atende bem a região do Vale do Paraíba. Entre suas opções está uma belgian dubbel com pinhão na fórmula. Apesar dos 7% de teor alcoólico, o amargor é leve e apresenta um pouco de dulçor no final.

Divulgação
Cerveja Los Dias, do interior do Estado de São Paulo
Cerveja Los Dias, do interior do Estado de São Paulo

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Crazy Rocker
Criada em 2014, a "cervejaria roqueira" do guitarrista Leo Bregula ainda tem pouco rótulos, mas já produz cervejas bem interessantes, como a american stout Black Night. O que a difere de outras do mesmo estilo é a quantidade de lúpulo: são seis variedades, todas americanas, bom quem gosta das amarguinhas. Tem também a bohemian pilsener batizada de Bohemian Hopsody. Não bebi, mas o título é ótimo.

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Landel com Júpiter
Muitas cervejarias apostaram em versões mais leves de seu portfólio. É o caso da Tangerstein, uma witbier (estilo belga) com seus ingredientes tradicionais, como semente de coentro e capim limão, acrescida de casca de tangerina, como o nome sugere. Colaborativa das cervejarias Landel e Júpiter, o resultado é refrescante, com 4% de teor alcoólico. A Tangerstein já pode ser encontrada em bares como a Choperia São Paulo, em Pinheiros.

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Capitu
A artesanal Capitu é conhecida do público paulista, com boa distribuição em pontos especializados. A novidade, no meu caso, foi um rótulo sem glúten lançado recentemente, mas que só conheci neste evento. Trata-se de uma versão da Diadorim, uma belgian saison que leva como ingrediente extra a mandioquinha, naturalmente sem glúten. Pouco amargor e muito sabor. Indicada até para quem não tem problemas com esse malvado, o glúten.


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