Folha de S. Paulo


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Ricardo Stuckert/Insituto Lula
Lula e Temer fazem reunião no instituto do ex-presidente em 2015
Lula e Temer em reunião no instituto do ex-presidente, em 2015

RIO DE JANEIRO - Pisca-se um olho e Lula é condenado pelo caso do famigerado tríplex. Pisca-se outro e Michel Temer é acusado de mais um crime —como se o da mala não fosse suficiente. Os advogados de um e de outro e seus aliados no Congresso esbravejam sem descanso –não se sabe de onde tiram tantos argumentos por seu favorito. O ritmo é tão vertiginoso que, de repente, já não se sabe o que foi dito em defesa de quem. Exemplos:

"[Lula] [Temer] é inocente e está sendo alvo de investigação com motivações políticas". "A denúncia contra [Temer] [Lula] é um nada acusatório. Tanto é que precisaram recorrer à ficção. Criaram hipóteses, levantaram suposições. Criaram uma obra de ficção". "Nenhuma evidência crível da culpa de [Lula] [Temer] foi produzida até agora, e provas de sua inocência são descaradamente ignoradas".

"É mentira que [Temer] [Lula] tenha recebido um vintém. Eu lanço um repto à acusação: que diga quando [Lula] [Temer] recebeu um níquel sequer e de quem". "Não há um fato real e palpável que vincule as condutas imputadas na denúncia contra [Temer] [Lula], muito menos recursos de fonte escusa". "Não há uma única prova contra [Lula] [Temer], exceto a palavra de um [delator preso] [bandido de colarinho branco]".

"A acusação ignora provas contundentes da inocência de [Temer] [Lula] e sucumbe ao viés político, enquanto passa por cima de direitos humanos e do devido processo legal". "Busca-se imputar a [Lula] [Temer] crimes com base em teorias respaldadas apenas pela palavra de indivíduos incapazes de comprovar suas afirmações por meio de documentos ou de transferências bancárias".

Todas essas frases foram ditas nos últimos dias pelos partidários de Lula ou de Temer. O leitor está convidado a marcar com um X o nome entre colchetes que achar mais aplicável. Se conseguir distingui-los.


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