PewDiePie é o apelido do sueco Felix Kjellberg. Como muitos outros garotos, em 2009 ele criou um canal no YouTube para falar de seu assunto favorito: games.
Em 2012 o canal começou a bombar. Em 2013 chegou a 6 milhões de assinantes. Hoje tem 25,5 milhões.
Na semana retrasada a Disney comprou o canal em um acordo que pode chegar a US$ 950 milhões.
Antes de ser "comprado", PewDiePie havia sido contratado por uma curiosa empresa chamada MakerStudios.com. Ela é uma mistura de agência de talentos com produtora de audiovisual.
Sua função é dar um banho de loja em produtores de vídeo promissores que são achados no YouTube.
A empresa ajuda a melhorar a qualidade dos vídeos e gerencia a carreira do contratado. E é claro: passa a ter direito sobre as receitas futuras, incluindo publicidade.
PewDiePie era um dos "talentos" da empresa. E uma das principais razões da compra da Disney.
Há algumas lições sobre o caso. A primeira é que paciência compensa. PewDiePie insistiu por três anos na obscuridade até decolar.
A outra: games estão com tudo. Boa parte dos canais mais populares do YouTube falam de games. Eles não são mais nicho. Só o canal de PewDiePie gerou 3,9 bilhões de acessos. O mesmo fenômeno acontece no Brasil.
O Porta dos Fundos é só a ponta. Há inúmeros canais superpopulares, muitos deles sobre funk ou músicas periféricas, que falam para milhões de pessoas.
Quem tiver o mesmo olhar da MakerStudios para consolidá-los tem nas mãos um pedacinho da mídia do futuro.
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