Folha de S. Paulo


Em 2014, ficção científica vai tomar as telas do cinema

Se você gosta de ficção científica, 2014 vai ser um bom ano. As telas de cinema vão ser tomadas por uma safra ambiciosa de produções de Hollywood especulando sobre desejos, expectativas e temores com relação à tecnologia. Para além da diversão, ajuda a entender as inquietações que estão na pauta do ocidente.

O tema da vez é a singularidade, definida como "o momento em que a inteligência artificial terá progredido a ponto de superar a humana, mudando para sempre a civilização". Existem apostas sérias sobre quando a singularidade vai chegar.

O futurólogo e diretor de engenharia do Google, Ray Kurzwell, fala em 2045. Já Vernor Vinge –inventor do termo– aposta em 2030.

Enquanto esperamos, Hollywood especula sobre o que pode acontecer. São vários os filmes sobre o tema, sob ângulos diferentes: visão apocalíptica em "Trascendence", com Johnny Depp; ou romântica, com "Her", de Spike Jonze. E, claro, vem aí o quinto "O Exterminador do Futuro", clássico do tema nas telas.

Outra tendência é a ficção científica apontando cada vez mais em direção a países em desenvolvimento.

Um bom exemplo disso é a refilmagem de "Robocop", dirigida por José Padilha de "Tropa de Elite". Ou "Elysium" em 2013, dirigido pelo sul-africano Neil Blomkamp, que aborda a relação entre favelas, sci-fi e tecnologia.

Faz sentido. Com o futuro do consumo da tecnologia rumando para os países pobres, é esperado que as novas histórias surjam daí também. Quem sabe alguém se anima a filmar "Ma-Hôre", o esquecido conto de ficção da imortal Rachel de Queiroz?

*

JÁ ERA
Achar normal a cidade ter o ar poluído

JÁ É
Preferir a bicicleta ao carro

JÁ VEM
Bike conceito que limpa o ar da cidade (bit.ly/bikepur)


Endereço da página:

Links no texto: