Folha de S. Paulo


CNBB declara empenho contra casos de abuso sexual

Autor de um livro lançado há três meses, o empresário Marcelo Ribeiro, 48, decidiu acusar publicamente o ex-padre católico João Marcos Porto Maciel, que também foi maestro de coros da Catedral de Diamantina (MG) e Novo Hamburgo (RS), de abusar sexualmente dele dos 12 aos 15 anos.

A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) expressou em nota "compromisso e empenho na investigação dos casos de abuso sexual na Igreja".

Criador do coral da Catedral de Novo Hamburgo, o bispo Sinésio Bonh, hoje aposentado, disse à Folha que fez uma "pequena investigação" sobre rumores de pedofilia envolvendo o então padre João Marcos.

Integrante do coral de Novo Hamburgo entre 1981 e 1987, o hoje maestro Leandro Escher, 44, defende dom Marcos. "Uma freira o acusou de 'comer meninos atrás da porta', mas quando nossas mães foram ao bispo, ela desmentiu. Já ouvi muita história, mas ninguém prova nada."

Procurado pela reportagem, o atual bispo de Diamantina, dom João Bosco, informou que está na função há sete anos e não tem informações sobre o coral e o maestro, que passou pela cidade há mais de 30 anos.

Presidente do Tribunal Eclesiástico local, padre Frederico Martins e Filho diz que o órgão só foi criado em 2007 e não tem denúncias formais sobre o antigo coral. "O maestro não saiu de Diamantina com essa fama", diz, sobre as denúncias de pedofilia.


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