Folha de S. Paulo


Dá para agradar a todo mundo?

Imagine que você usa uma pulseira que adora, acha linda, e sua colega –a sua melhor amiga na escola– diz que acha o acessório muito brega. Ou imagine que ganhou um tênis que queria há muito tempo e vai todo orgulhoso com ele para a escola, mas um grupo diz que o calçado é "uó" e, ainda por cima, o zoa por causa disso.

Que chato, hein?

E como você reagiria –ou reagiu, se algo semelhante já aconteceu– nessa situação? Vamos ver o que fizeram algumas crianças da sua idade quando passaram por isso?

Uma garota ficou triste, muito triste, e resolveu mandar um recado bem desaforado para a amiga, dizendo que nunca mais queria a companhia dela na escola. Forte, não é? Outra decidiu que iria simplesmente ignorar a colega e nem a convidou para sua festa de aniversário, que aconteceu duas semanas depois da pequena confusão entre elas. E outra menina chegou em casa e chorou, chorou bastante, e decidiu pedir para a mãe dela para trocar de escola!

Teve um menino que ficou muito bravo e saiu no maior bate-boca com os colegas, inclusive usando palavrões pesados, daqueles que a gente deveria jogar no lixo em vez de usar, sabe como é, não sabe? E teve outro que respondeu que ele gostava do tênis mesmo os colegas o achando "uó", e, depois de um pequeno tempo chateado, acabou ficando de bem com os garotos, que logo deixaram a zoação de lado.

Vou dizer uma coisa: isso é triste, dá um aperto no coração e dá até vontade de chorar quando uma pessoa de quem você gosta não aprecia as mesmas coisas que você. Mas é preciso estar preparado para passar por isso, porque nunca dá para agradar a todos. Você já sabe disso, não sabe?

Então, você pode sentir tristeza, raiva ou braveza quando isso acontecer, mas por pouco tempo e sem ressentimentos com os colegas. Não vale a pena deixar de ter a companhia de pessoas de quem você gosta por mágoa, está bem?


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