Folha de S. Paulo


Jogar videogame faz mal?

Você gosta de jogar videogame? Eu adoro!

"O quê? Você gosta disso? Na sua idade?" Eu já ouvi muitas vezes essas reações quando confesso que eu gosto, e também já enfrentei caras feias, sabia? Acho que, no fundo, as pessoas se perguntam como uma pessoa velha como eu pode curtir esse tipo de jogo. Vou contar como foi que aprendi a gostar disso.

Quando meus filhos tinham a sua idade, mais ou menos, eles ganharam o primeiro videogame da tia deles. E, aí, foi aquela loucura lá em casa.

Os dois não saíam da frente daquele aparelho, e eu tinha que chamá-los uma, duas, três vezes até que eles me respondessem, de tão concentrados que ficavam. E eu não entendia nada, nadinha do jogo. Uma noite, depois que eles foram dormir, eu peguei o jogo para tentar aprender. E fiquei vidrada nele! Aí senti na pele o que acontece com as crianças quando elas jogam.

É mesmo fascinante, não é? Tudo o que a gente quer é ganhar do aparelho, passar para a próxima fase, não ficar sem vida para poder continuar a jogar.

E assim o tempo passa e as horas voam, sem que a gente se dê conta.

Acredita que tive que começar a marcar hora para parar de jogar? É, não foi fácil mandar no jogo e não deixar que ele mandasse em mim. E até hoje é assim.

Sabe que o videogame provoca a maior confusão no mundo? É que tem quem ache que ele prejudica a criança, e tem quem pense que é bom. Durma-se com um barulho desses!

Uma coisa é certa: tudo o que é exagerado e que prende a gente não pode fazer bem. Afinal, prisão é prisão, seja ela qual for.

Então, se você tem videogame e adora jogar, como eu, precisa aprender a controlar o bicho, porque há muitas outras coisas legais para você fazer e se divertir também.

O que, por exemplo? Ah, me diga você!

Alexandre Beck
Alexandre Beck

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